Por vezes, alguns nomes vão perdendo força durante o processo do Draft e o hype ao seu redor diminui entre a mídia, mas é sempre bom manter os olhos abertos: basta um time na NFL gostar do jogador para que ele tenha chance de ser uma escolha de primeira rodada. Nesse contexto é que se encaixa Matt Corral, quarterback da universidade de Ole Miss. Após ser bastante badalado durante a temporada de 2021, ele se lesionou no último jogo do ano e viu algumas “novidades” ocuparem seu lugar, como Desmond Ridder.
Todavia, não é exagero dizer que isso passa mais pelos analistas da imprensa que pelas franquias da NFL. Como sua lesão não foi grave – torção no tornozelo, que não precisou de cirurgia – as equipes se sentem confortáveis em o avaliar novamente como um prospecto que merece ser considerado no dia 1. Na esteira disso, Corral teve encontros com Carolina Panthers, Pittsburgh Steelers, New Orleans Saints e Philadelphia Eagles: exceto o último, todos são candidatos a puxar o gatilho por um quarterback na primeira rodada.
Corral não é espetacular em nada, mas bom em tudo
É difícil achar um ponto do jogo de Corral que faça você ficar de boca aberta: ele definitivamente não é especial em nenhum quesito. Entretanto, mesmo nos pontos em que costuma mais falhar, seu jogo não é tenebroso: são falhas pontuais, que qualquer time consegue lidar. Isoladamente, o quarterback vindo de Ole Miss sempre encontrará um concorrente melhor nesta classe, mas quando analisado da ótima “conjunto da obra”, ele se sobressai em relação à maioria.
Isso não quer dizer que ele não tenha espaço para melhoria ou esteja perto de seu teto: Corral foi desenvolvido para rodar o sistema do treinador Lane Kiffin em Ole Miss e nada mais. Não houve preocupação em o tornar um prospecto melhor para o Draft e sim em vencer jogos pela universidade. Uma comissão técnica da NFL pode elevar seu jogo e corrigir aspectos que hoje ainda apresentam inconsistências como a presença de pocket e a incapacidade de se manter as progressões designadas em cada conceito de passe.
