Draft 2022: 8 melhores jogadores disponíveis após a primeira rodada

Primeiro dia do Draft já ficou para história, mas bons jogadores seguem na board para serem escolhidos no dia 2. Listamos os 8 melhores disponíveis após o dia de abertura do Draft 2022

Como já é tradicional no Draft, alguns bons nomes acabam ficando de fora do primeiro dia, afinal, são apenas 32 escolhidos e entre encaixes, valores posicionais e dúvidas sobre saúde, alguns nomes acabam ficando de lado. Running backs, tight ends, centers e safeties são posições, por exemplo, sofrem pela baixa procura na primeira rodada: com a facilidade em encontrar valores de qualidade em rounds inferiores. Outros que acabam perdendo cotação são os que mostraram talento, mas se lesionaram em algum momento e deixam dúvidas sobre sua saúde. Separamos os 8 melhores jogadores disponíveis no segundo dia do Draft.

Andrew Booth – CB – Clemson

Trata-se de um cornerback versátil e com capacidade de produzir em qualquer sistema, não ficando limitado. Tem bom atleticismo e em especial agressividade: joga como um linebacker contra corrida e dificilmente  cede jardas extras depois da recepção. A parte técnica é refinada, com trabalho de pés de qualidade, sabendo lidar com mudança de direção brusca.

Por que caiu? Sofreu uma cirurgia por conta de uma hérnia de disco e teve diversas lesões musculares nos seus tempos de Clemson, o que aponta dúvidas sobre sua capacidade de ficar saudável. Também teve apenas um ano como titular, o que sempre deixa treinadores apreensivos por conta do baixo amostral.

David Ojabo – EDGE – Michigan

Dono de braços longos e muito explosivo, Ojabo foi peça fundamental na conquista de Big Ten por Michigan em 2021. Com bons movimentos de mãos e uma flexibilidade de qualidade para contornar os bloqueadores sem expor o peito, se tornou um terror para os offensive tackles adversários. Trata-se de um jogador cujo potencial ainda parece estar longe de ser atingindo, mostrando um teto estelar.

Por que caiu? O EDGE deu um azar tremendo ao romper o tendão de Aquiles no seu Pro Day, algo que deve o fazer perder pelo menos todo training camp e uma parte da temporada regular. Também teve apenas um ano como titular em Michigan, o que sempre suscita suspeitas, já que o amostral é pequeno.

Nakobe Dean – LB – Georgia

Não foi incomum estar assistindo o tape de algum jogador da defesa de Georgia e ter que voltar, por perder o foco vendo Nakobe Dean. O linebacker é daqueles jogadores fáceis de se apaixonar: joga com agressividade, faz jogadas na bola e está sempre ligado no 220V. Sua capacidade de cobrir passes é muito boa e ele com grande explosão, pode ser usado em blitzes, algo muito importante na NFL atual.

Por que caiu? É menor que o padrão normal para um linebacker da NFL e pode ter dificuldades quando atuando dentro do box. Isso foi visto inclusive no college, quando sofreu contra bloqueadores de boa envergadura, dependendo de sua explosão e não dá técnica. Valor posicional aqui também pesa e linebackers não tem o maior.

Kenneth Walker III – RB – Michigan State

Se você Kenneth Walker conseguir ganhar o campo aberto, a defesa adversária terá problemas: sua velocidade é de alto nível. Uma máquina de quebrar tackles – foram 89, maior número da NCAA -, ele usa seu equilíbrio como principal arma, sofrendo o contato e acelerando rapidamente para se manter na jogada. Além disso, Walker mostra excelente visão, tomando boas decisões em campo.

Por que caiu? Foi pouco utilizado como recebedor e quando teve as oportunidades, não mostrou nada de especial. É mais leve que o padrão, o que faz com que alguns treinadores não vejam um encaixe tão bom em seus sistemas. Fora isso, running backs costumam sair apenas a partir do dia 2.

DeMarvin Leal – iDL – Texas A&M

Versatilidade é cada vez mais valorizada e DeMarvin Leal tem isso de sobra: acostumado a jogar tanto por dentro quanto por fora dos tackles, ele abre o leque para um coordenador defensivo criativo. Dono de mãos agressivas, Leal tem uma variedade de movimentos interessante, fazendo com que tenha sucesso como pass rusher independente de seu alinhamento.

Por que caiu? Alguns treinadores não gostam de jogadores mais leves no meio da linha defensiva e isso faz com que saia do radar destas franquias. Também mostrou inconsistências mantendo o peito baixo, o que comprometeu seu trabalho fazendo a contenção terrestre.

Sean Rhyan – OT – UCLA

A dominância na linha de scrimmage de Sean Rhyan chegou a ser assustadora em alguns vídeos de 2021: explosivo e forte, ele controlou defensores grandes com uma facilidade inesperada. O offensive tackle sabe se mover em espaço e não tem problemas para chegar no segundo nível. Na parte mental do jogo, é um jogador inteligente e com tempo de reação de qualidade.

Por que caiu? Sua envergadura não é das maiores e para algumas equipes pode estar sendo visto como guard, o que joga seu valor para baixo. Mostrou algumas inconsistências bloqueando para o passe, deixando seu lado interno exposto e levantando o peito em demasia, o que fez com que perdesse embates.

Cam Jurgens – C – Nebraska

Quem vê Cam Jurgens movendo seus pés com grande leveza para proteger seu quarterback quase esquece que ele tem 140 kg. Isso fica ainda mais fácil de acontecer quando ele se move em bloqueios de zona, chegando no segundo nível com facilidade absurda, conseguindo amplo domínio sobre linebackers. Não dá pra negar que seja prazeroso ver Jurgens jogar.

Por que caiu? A parte mental do jogo ainda está longe de acompanhar a técnica: falta identificar melhor as blitzes e formações defensivas, o que pode o limitar em seu começo de caminhada na NFL. Fora isso, como center, tem valor menor que algumas outras posições no Draft.

Breece Hall – RB – Iowa State

Em todos os jogos de Iowa State desde 2020, Breece Hall anotou pelo menos um touchdown. Forte e agressivo, ele é o clássico running back que a NFL adora: enfrenta os defensores fechando o corpo e sabe ganhar jardas após o contato. A velocidade também é boa e se encontrar o espaço, pode se esperar uma grande jogada.

Por que caiu? Em alguns momentos toma decisões contestáveis, preferindo o contato em vez de aproveitar o espaço para fazer algum corte. No jogo de passe, mostrou fragilidades tanto como recebedor quanto fazendo a proteção ao quarterback. Fora isso, o fator valor posicional é importante aqui.

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