A forma de avaliação do San Francisco 49ers em relação aos prospectos do Draft não costuma ser convencional: nos últimos anos eles sempre selecionaram algum jogador em rodadas mais altas que a mídia previa. Isso não quer dizer que eles estão errados, apenas que seu processo é diferente do que os analistas conhecem e é usual. Algumas apostas dão certo ou nem tanto, mas a franquia consegue montar bons elencos mesclando isso com os veteranos.
Em 2022, o script não foi nada diferente. Não tendo a escolha de primeira rodada – ela foi usada na troca com o Miami Dolphins em 2021, quando a equipe pegou Trey Lance -, o general manager John Lynch não ousou em sua primeira seleção: com a pick 61 draftou o EDGE Drake Jackson, de USC, cotado até mais alto em algumas previsões. Todavia, a imprevisibilidade voltou a reinar em logo no round seguinte: Tyrion Davis-Price (RB, LSU) e Danny Gray (WR, SMU) eram nomes cotados apenas para o terceiro dia.
A missão é voltar ao auge na defesa
Não dá para dizer que a defesa aérea de San Francisco foi ruim em 2021: 15° em eficiência, ela mostrou bons momentos, mesmo com a falta de peças mais qualificadas no corpo de cornerbacks. Todavia, ainda esteve longe de ser aquela unidade dominante de 2019 – quando era comandada por Robert Saleh, hoje head coach do New York Jets -, fundamental na ida para o Super Bowl. Para voltar ao patamar daquela temporada, o time investiu em Chardarius Ward no mercado para posição de cornerback,
Já entre os pass rushers o investimento começou também no mercado, com as contratações de Kerry Hyder e Kemoko Turay para rotação, fechando com a seleção de Jackson. A expectativa maior é em torno do calouro: com atleticismo de bom nível, o jogador vindo de USC tem um primeiro passo explosivo e é forte como um touro. Entretanto, ele ainda precisa de aprimoramento técnico, o que faz a importância das contratações de Hyder e Turay crescer. Dessa forma, Nick Bosa sempre terá alguém fresquinho lhe complementando ou até substituindo em alguns snaps. Enquanto isso, Jackson pode evoluir, sendo usado em situações favoráveis, como terceiras descidas óbvias de passe.





