Cortar o mal pela raíz: nenhuma posição faz isso na defesa como o EDGE. Antigamente chamado de defensive end ou outside linebacker, o estudo do Draft da NFL fez com que agrupassemos ambos sob uma nova égide. Afinal, a média de jogadas em formação nickel é de 60,8% na temporada passada e já está assim há algum tempo. Uma teminologia que fale de front seven é desatualizada. Não faz mais sentido falar em DE ou OLB para o apressador de passe se há times, como o Dallas Cowboys, que jogaram apenas 1% das jogadas com 3-4/4-3.
O que é o EDGE afinal? O nome diz tudo. É o jogador na ponta da linha, o qual na maior parte dos casos tem como função apressar o passe. Não só, claro: atletas como T.J. Watt também brilham (bastante) na conteção terrestre. Mas eles aparecem mesmo – vide o próprio caso de Watt – quando conquistam sacks ou forçam fumbles.
Watt quer tomar o trono de vez para si
Em se tratando de EDGEs badalados, uma coisa “pesa” contra T.J. Watt: ele foi uma escolha de final de primeira rodada e temos a eterna sombra de seu irmão, um futuro Hall of Famer. Mas, ao contrário de outros irmãos mais novos que sempre ficarão à sombra – o que chamo de Mal de Ralf Schumacher – aqui a coisa é diferente. A temporada de 2021 de T.J. Watt ficará marcada para sempre pelo recorde igualado a Michael Strahan, 22,5 sacks. Soma-se a isso o fato dele ser um grande defensor terrestre.
Entre Watt, Garrett, Bosa, Von Miller, Joey Bosa, Nick Bosa, quem você acha que teve mais vitórias em bloqueios contra a corrida no ano passado? Se chutou o principal nome da defesa dos Steelers, acertou. Watt luta para seguir produzindo e ficando em campo o máximo possível. Desses mesmos nomes que citei, ele é o que tem mais jogos desde 2019. Também tem mais sacks: 52, contra 38 de Myles Garrett desde 2019. Disponibilidade e a defesa terrestre também precisam pesar, bem como o fato dele também ser o nome que mais forçou fumbles no período.
De toda forma, é difícil não olhara para Myles Garrett e não se apaixonar pelo atleticismo fora de série do EDGE dos Browns. Rival de divisão de Watt, o produto de Texas A&M chegou praticamente pronto na NFL e alguns podem argumentar que ele teve menos ajuda – leia-se Cam Heyward – na linha defensiva. Seja como for, Garrett teve o melhor ano da carreira em 2021, com 16 sacks. Seu número de pressões, 57, igualou sua melhor marca anterior (2018). É uma força na liga e sempre quando mencionarmos jogadores da posição, ele precisa estar aqui.





