As coisas não andam muito calmas no departamento médico do Tampa Bay Buccaneers. Após perder o center Ryan Jensen logo na primeira semana de treinamentos – sofreu uma lesão no joelho, sem tempo estimado ainda de retorno -, agora vê outra peça importante do ataque gerar preocupação: o wide receiver Mike Evans deixou o treino desta sexta-feira (05) com uma lesão na coxa e passará por exames mais detalhados para entender a gravidade. Normalmente, esse tipo de contusão tira o jogador de ação por 3 a 6 semanas, mas em casos mais graves pode aumentar a ausência para até 3 meses.
Se confirmado o problema, é um desfalque importante, visto que Evans é o homem de confiança de Brady. Alto, ele explora sua vantagem física em bolas contestadas muito bem: 83% de aproveitamento, recebendo 15 das 18 bolas lançadas em 2021. Prova dessa sua dominância, é que ninguém teve mais touchdowns recebidos que ele contra marcação individual: foram 8 na temporada passada[foot]Pro Football Focus[/foot]. Uma alternativa será usar Julio Jones para seu lugar, mas o drama reside justamente na parte física: estará o veterano apto a ter uma carga alta de snaps sem se machucar? Seus dois últimos anos foram marcados justamente pelas constantes passagens pela enfermaria e arriscar o forçar poderia custar o restante do ano.
Nem tudo é tragédia
Por outro lado, uma boa notícia sopra justamente do corpo de recebedores: Chris Godwin treinou pela primeira vez desde sua complicada lesão no joelho sofrida em dezembro, que inclusive o tirou dos playoffs. Claro que ainda é um primeiro passo no retorno, mas o wide receiver correu algumas rotas e recebeu passes, mostrando estar bem fisicamente. Caso esteja apto para jogar na semana 1 – algo ainda não confirmado pelos Buccaneers – será de grande importância, vide que traz uma arma fundamental para Brady nos passes rápidos.
Até sua lesão, Godwin liderava a NFL em jardas por rotas corridas quando o passe viajou até 9 jardas, com média de 9,1. Ainda é importante frisar que ele era o único que recebedor com média superior a 9 em toda liga: produção de alto nível. Sua excelente média de 5,5 jardas [foot]Pro Football Focus[/foot]após recepção na carreira é um prato cheio para Tom Brady, que adora queimar blitzes soltando a bola rapidamente. Fora isso, Godwin tem versatilidade, alinhando tanto no slot quanto por fora, sem perder produção.
Contudo, é preciso cuidado: uma lesão no joelho por vezes exige um retorno mais lento e um excelente fortalecimento na região. Se Godwin não puder jogar na semana 1 e a Evans estiver fora, teremos que ver Brady fazer sua primeira atuação de gala de 2022.
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