5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
É hora de parar de levantar o sarrafo para Jackson
Claro que nem tudo que se fala sobre training camps pode ser levado a sério, mas múltiplas fontes de qualidade apontam que Lamar Jackson está voando. Entretanto, toda vez que vejo ou escrevo algo sobre ele, aparecem inúmeros comentários o rebaixando, tratando como um qualquer.
Longe de mim aqui querer falar quem alguém deve apreciar ou não como jogador. Preferências pessoais sempre devem ser respeitadas e isso não está em questão. Todavia, o que me incomoda é algumas críticas soam muito mais como um ódio gratuito que qualquer outra coisa. Parece que ele conseguir produzir de uma forma diferente do padrão incomoda as pessoas num nível altíssimo. E claro que não estou falando de 2021, onde nada deu certo para Jackson e o Baltimore Ravens, mas da conjuntura geral.
Em seu primeiro ano como titular, ele venceu o prêmio de MVP, como Patrick Mahomes. No ano seguinte, venceu seu primeiro jogo de playoffs. De 2019 para cá, ele tem 65% de passes completos (mais que Tom Brady e Josh Allen), 78 touchdowns passados (mais que Kyler Murray e Derek Carr) e está no seleto grupo de 9 quarterbacks que tem rating superior a 100. Tá na hora de receber o devido respeito.
Josh McDaniels já deu a letra
Uma das coisas que mais presto atenção nos jogos de pré-temporada é o que vemos de novo nos times que trocaram de treinador. Quando Josh McDaniels chegou no Las Vegas Raiders, já imaginava um ataque similar ao visto nos últimos anos de New England Patriots e o jogo contra o Jacksonville Jaguars confirmou isso: 80% das corridas em bloqueios angulares, 7 screens e muitos outros elementos “patriotianos”. Além disso, um recado para o running back Josh Jacobs, que jogou duas campanhas – número alto para um titular -: ele não está na lista dos intocáveis, como Derek Carr, Davante Adams e demais estrelas.
É hora de repensar o jogo do Hall da Fama
Já que falei do jogo que abriu a pré-temporada, é preciso fazer uma consideração: a NFL deveria repensar sua existência. É uma partida isolada, com os times tendo começado a treinar menos de 10 atrás e, em geral, nem sequer fazendo seus titulares ficarem vestidos na sideline. O Jacksonville Jaguars divulgou uma lista com 20 atletas – obviamente os principais – que não estavam no campo. Chega a ser desrespeitoso com quem vai receber a jaqueta dourada e se tornar um imortal. Talvez uma junção com o moribundo Pro Bowl em fevereiro seja algo interessante.
Ainda existe esperança
Ao não recolher o rabinho entre as pernas e aceitar a suspensão de Deshaun Watson por apenas 6 jogos – a liga recorreu- , como recomendado pela juíza Sue Robinson, Roger Goodell deu um grande passo para mostrar que os caminhos podem ser diferentes daqui para frente. Não dá para voltar e reparar os erros em punições que não foram fortes o suficiente, mas quem sabe não seja o primeiro passo para que a liga comece a ter uma política mais forte em crimes contra mulheres?
Robert Saleh é um brincalhão
Elogiar os jogadores sob seu comando, para melhorar sua moral, é uma estratégia até conhecida. Todavia, qualquer afirmação precisa vir dosada de bom senso ou pode se virar contra o treinador. Robert Saleh, head coach do New York Jets, disse que o quarterback Joe Flacco seria um titular em outras equipes na liga. Por favor Saleh: temos batalhas ruins que chega, mas não ao ponto de alguém querer ver Flacco atrás do center. Se Zach Wilson não puder jogar por qualquer motivo, será que Saleh tem a fórmula para tirar o veterano do sono que o envolve desde 2015? Duvido.
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