Era uma vez, um dono de um time. Um senhorzinho que fez história na liga, personagem caricato e rico, daqueles que nos fazem dar risada e nos divertir – e lembrar das épocas de ouro. O problema é que o período de bonança aconteceu há quase 30 anos e o comandante, ultimamente, vem tomando mais à frente do que o necessário. As decisões são cada vez mais questionáveis e as coisas não estão melhorando.
Nesse ponto do texto, você já deve imaginar que estou falando de Jerry Jones. Que ele é um dos personagens mais emblemáticos da história da NFL, nós sabemos, mas não é possível viver pelos feitos passados. A realidade é que a maioria das decisões recentes de Jerry são, para falar a verdade, fracas e colocam o Dallas Cowboys em uma situação desconfortável neste ano: o time é bom, mas com fraquezas demais para tentar sonhar alto. Vamos recapitular algumas delas.
De volta para o passado
O contrato errado, no momento errado. Jones fez isso com louvor nos últimos anos. O exemplo mais claro, obviamente, é o de Ezekiel Elliott. Um touro quando adentrou a liga, Zeke despencou de produção ao passar dos anos. Não havia o que ele pudesse fazer, era a natureza cobrando seu corpo pelo alto número de carregadas ao passar de sua vida. Ele poderia continuar sendo útil com uma dosagem menor e em situações específicas, e isso sem sair de Dallas, mantendo um personagem importante para a franquia.
Só que Jerry tinha certeza de estar na década de 1990 e que Elliott era seu novo Emmitt Smith. Zeke, coitado, pouco pôde ajudar no ataque. Isso ainda impediu a ascensão de Tony Pollard, promissor running back que tem lenha para queimar, com boas atuações no último ano, com números superiores ao do titular.
Esse mesmo raciocínio de vislumbrar o hoje com os olhos do passado também ocorreu no último Draft. Para revezar com Tyron Smith, Jerry resolveu selecionar na primeira rodada um offensive tackle gigante e forte. Tyler Smith é uma aberração física, todavia, é muito cru e, com a lesão de Tyron, será o responsável por proteger o lado cego de Dak Prescott no início do ano. Ótimo para o planejamento do ano, não é mesmo? Desculpe-me, houve uma solução! Jason Peters (voltamos para 2010).





