Curti: Chuva atrapalha, mas Trey Lance essencialmente jogou como calouro na Semana 1

Méritos da defesa de Chicago, mas mesmo assim esperava-se mais de Trey Lance na abertura da temporada do que menos de 50% de passes completos e uma interceptação em erro de leitura

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Uma bomba e outra aqui e acolá. A mobilidade aparecendo com frequência. Uma interceptação num momento que ela não podia acontecer. No todo, com exceção à derrota, todo o resto era esperado na estreia de Trey Lance pelo San Francisco 49ers. Em seu primeiro jogo como titular (de verdade), Lance teve altos e baixos e no final do jogo as condições adversas acabaram por sepultar as chances de vez.

Isso e, claro, o fato dos Bears terem feito um bom jogo, especialmente no segundo tempo. A chuva e as ausências de George Kittle (que não jogou) e de Elijah Mitchell (machucado no meio do jogo) certamente atrapalharam, mas o que fica foi um jogo que a “calourice” de Lance ficaram como marca. Lance teve menos de 50% de passes completos e 164 jardas. Os Bears fizeram um bom trabalho pressionando o quarterback segundanista de San Francisco, 46% de pressão e em jogadas assim, 4-12 e 1,7 jardas por tentativa.

Muitos já vão começar a pedir por Jimmy Garoppolo. Mas tampouco acho que ele teria feito muito mais diferente. A defesa dos Bears jogou de maneira muito coesa e para falar a verdade o que manteve os 49ers no jogo foi a mobilidade de Lance e meio a um gramado que mais parecia um capítulo da novela Pantanal. Com a quantidade de pressão que veio, Garoppolo não teria salvo essa partida. Até porque foi bastante mérito dos Bears nela.

A interceptação de Eddie Jackson sobre Lance também foi mérito da defesa, com Jackson bem posicionado. Mas, acima de tudo, um erro crasso do quarterback, que não viu no pós-snap que o safety estava descendo para marcar em zona (robber) e Trey passou mesmo assim. É o tipo de erro que um calouro comete e até normal que tenha acontecido. Do outro lado, com mais jogos, Fields também teve uma interceptação totalmente em sua conta. A diferença que que ele jogou melhor no segundo tempo. Para Trey, foi o oposto.

Agora é juntar os cacos, em certa medida, e focar na próxima partida contra o Seattle Seahawks em casa. Mas as dores de crescimento, sejam como for, já apareceram de leve na primeira semana da temporada.

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