Seis anos. 2016 foi a última vez que o New York Giants conseguiu iniciar a temporada com duas vitórias consecutivas, como o fez agora. Parece pouco, mas é muito. Nesse intervalo, a franquia sempre iniciou sua saga com campanha 0-2. Com a chegada de Brian Daboll era de se imaginar que mudanças acontecessem logo no primeiro ano, pois se trata de um treinador com capacitação altíssima. Ainda assim, creio que nem o mais otimista torcedor esperava um início tão positivo.
Nos dois triunfos, um fator comum se destaca: o grupo. Ninguém precisou carregar o piano, bastou que o conjunto funcionasse conforme Daboll regeria o time. E não foram duas partidas fáceis. Por pior que seja a fase, o Tennessee Titans sempre é um oponente duro de enfrentar. O Carolina Panthers, mesmo desorganizado, tem atletas que podem desequilibrar uma partida.
Há muito água por correr debaixo dessa ponte e fazer qualquer previsão para a temporada, agora, é querer ser taxado de ansioso. Ainda mais com New York, com um confronto crucial no Monday Night Football desta semana, contra o Dallas Cowboys – enquanto uma vitória coloca o time forte na corrida pela divisão, uma derrota poderia questionar muito do que irei colocar neste texto.
De qualquer forma, algo é certo: os Giants já estão dando gigantescos passos em sua reconstrução e 2022 já é muito mais animador do que o previsto.
O retorno de quem faltava
Ele está de volta, senhoras e senhores. Depois de nunca retomar o ritmo de seu ano de calouro, sofrendo com lesões e atuações fracas, Saquon Barkley começou o ano com tudo. Após duas semanas, o running back já lidera a liga em jardas terrestres e é o grande contribuinte do ataque da equipe. Daboll, que tanto sofreu em Buffalo por não ter um corredor de confiança, agora possui a engrenagem que faltava para conseguir equilibrar mais os eixos de sua unidade.
Mais do que recuperando sua saúde, Saquon está atuando com tudo que tem de melhor. Hoje, ele lidera a liga na média de jardas após o contato, corridas para mais de 15 jardas e é o sexto com mais jardas recebidas.[foot]Pro Football Focus[/foot] Tudo que ele pode fazer bem, ele está fazendo. A expectativa de um bom ataque de New York em 2022 passava por ele e, por conta de seu desempenho, as boas promessas estão sendo cumpridas.
Isso se torna ainda mais importante quando vemos que Jones não está espalhando a farofa. Ele não está sendo um super quarterback e nem o será. Suas 364 jardas passadas são o terceiro menor número entre passadores que atuaram duas partidas completas. Ao mesmo tempo, porém, ele é o sétimo com melhor percentual de passes completos (70,4) e está evitando os turnovers que consagraram sua carreira.
Com isso, o ataque consegue fluir melhor. Nada de espetacular, mas, ao menos, com avanços constantes. O corpo de recebedores faz sua parte, Jones também, a linha ofensiva segura as pontas e Barkley agrega um papel maior, sendo o responsável pelas jogadas explosivas. Não é uma fórmula que vai te levar longe, mas, simultaneamente, pode te render algumas vitórias, algo essencial para os Giants neste ano. O retorno de Saquon está sendo primordial para isso.





