Pelo preço barato, parecia uma boa ideia. Matt Ryan chegou por uma escolha baixa de Draft e, com uma sólida linha ofensiva, tudo levava a crer que os Colts teriam o que poderia ser necessário para vencer a AFC South.
Afinal, Jacksonville teria um Trevor Lawrence quase-calouro, Houston não briga por playoffs e, no papel, o elenco de Tennessee parece mais fraco do que o do ano passado – e ainda foi fragilizado com a lesão de Harold Landry.
No papel, parecia lindo. Bastava o time jogar como no ano passado e Matt Ryan não espalhar a farofa como Carson Wentz fizera em momentos-chave na temporada. O empate contra os Texans na abertura da temporada foi na conta do kicker. A derrota para os Jaguars era até esperada pelos torcedores mais pessimistas, dado o histórico. Vencer Kansas City deu moral. Perder para os Titans em casa, com Tennessee disparando na liderança no início foi água no chopp.
Agora, a situação é delicada. O comprometimento com o mediano que Indianapolis estabeleceu nos últimos anos está cobrando a conta. Um corpo de recebedores que foi negligenciado. Quarterbacks refugos de outros times ano sim, ano também. Uma fórmula – jogo terrestre e defesa básica por zona/sem blitz – que precisa de alinhamento cósmico para vencer um Super Bowl. Qual o futuro desse time?
Ao que parece, o de curto prazo é no máximo de sonhar com a divisão. Esse sonho, porém, pode começar a virar pesadelo na quinta. Desfalcados pelos principais jogadores no ataque e defesa – Leonard, Taylor – os Colts podem perder para um time com ataque em crise. Depois da partida contra os Broncos, Indianapolis pega Jacksonville em casa e Tennessee fora. Três derrotas nesses confrontos fazem o sonho ir para o buraco de vez. A campanha de 1-5-1, com duas derrotas contra Jacksonville e Tennessee, complicam totalmente. Diria: inviabilizam o título de divisão. E não, não é cedo para dizer isso.
