Vivemos muito na base de ‘se’ nos esportes, e não é incomum vermos torcedores do Miami Dolphins se perguntando o que seria da franquia se a quinta escolha geral do Draft de 2020 tivesse sido Justin Herbert ao invés de Tua Tagovailoa.
Não é que Tagovailoa seja um quarterback ruim, mas ver o sucesso estrondoso de Herbert, escolhido logo em seguida, causa esse questionamento meio que de forma natural. Um teve uma temporada de calouro muito mal protegido e voltando de lesão grave; o outro recebeu uma oportunidade inesperada logo nas primeiras semanas da carreira e virou um quarterback de elite desde então.
Por óbvio, os caminhos e suas trajetórias na liga não seriam as mesmas se os caminhos estivessem trocados. Se Tagovailoa não possui a mesma confiança de seus torcedores como Herbert recebe nos Chargers, ele se provou igualmente importante para seu time sem precisar mover um músculo: sem ele, os Dolphins são um time impotente e incapaz de competir.
Como poderei viver sem Tua companhia?
Lá pra metade de dezembro passado, o Deivis escreveu uma análise tática interessantíssima sobre o que estava por trás da melhora de Tagovailoa naquele ponto da temporada. Basicamente, Miami estava usando melhor as qualidades que seu quarterback possui e moldando o sistema ofensivo pra que elas ficassem melhor em evidência. Deu certo – apesar da arrancada final não ter dado em nada porque o início de ano tinha sido tenebroso.
O ataque começou a funcionar porque a precisão do passador e seu processamento do jogo sempre foram pontos fortes desde a época de Alabama. A chegada de Jaylen Waddle também facilitou muito o processo: nada de se basear em passes longos, coloque a bola na mão de seus jogadores rápidos e eles vão ganhar boas jardas após a recepção. Com Tyreek Hill vindo do Kansas City Chiefs em 2022, isso foi potencializado.





