Fechando a Conta é a nova coluna de Roberto Guraib. Nela, toda a parte da NFL que envolve os “números financeiros”, além dos aspectos econômicos – contratos, decisões de montagem de equipe, etc. -, serão analisados. Sempre se relacionando com algum acontecimento visto na semana de jogos que acabou de acontecer.
Um erro antigo
Por anos, dissemos que a postura de Chris Ballard na montagem de elenco do Indianapolis Colts não era das mais inteligentes. A franquia sempre esteve no topo da liga em dinheiro que poderia ser gasto na free agency, ao mesmo tempo que ficava na parte de baixo da tabela nas equipes que mais se utilizavam desse recurso. Não por boas movimentações financeiras, mas por que o general manager, simplesmente, se recusava a gastar.
Em 2019, na primeira temporada sem Andrew Luck e após uma boa campanha nos playoffs anteriores, Ballard resolveu confiar em Jacoby Brissett até demais, sendo Justin Houston sua única (e barata) contratação na free agency. Resultado: campanha 7-9. Em 2020, uma aposta única em Philip Rivers. Resultado: morreu cedo na pós- temporada. No ano seguinte, não trouxe ninguém de peso – nosso amigo Chris ficou traumatizado ao fazer uma troca ousada por Carson Wentz. Resultado: fora dos playoffs, outra vez.

Neste ano, nada mudou. Ballard trocou por Matt Ryan e ficou com tanto medo de perder mais algum tostão que sua única movimentação na free agency foi pagar um valor baixo por Stephon Gilmore. Para o ano que vem, Indianapolis, mais uma vez, está no top-10 da liga em espaço salarial e, como de hábito, seu general manager deve se recusar a gastar esse dinheiro. A insanidade de repetir os mesmos erros continuam e isso nenhuma ótima classe de Draft pode corrigir.
A falta de movimentações ousadas e a perda de oportunidades marcou a vida de Indianapolis nos últimos anos. “Não que gastar mais do que o necessário”, dizia um torcedor; “está esperando o momento certo para usar tudo”, dizia outro. Pois bem, muito tempo se passou e, hoje, Ballard colhe os frutos. Os Colts não estão mortos na temporada, mas, sendo bem honesto, já não muda nada. A equipe não vai a lugar algum – e a culpa passa pelos erros passados.
