A folga vale muito. Isso é óbvio. Afinal de contas, seu time descansa uma semana, os jogadores recuperam-se de lesão e todo o mais. Para Philadelphia na NFC, por exemplo, significaria uma semana de descanso (e sem tackles) em cima dos ombros de Jalen Hurts – que pode não jogar neste sábado contra Dallas justamente por conta disso.
Estatisticamente, quem folga em cada conferência costuma ir longe. Afinal, é um time que costuma ser mais forte – a folga não aparece por acaso, dado que vai para a melhor campanha da AFC e da NFC (ou duas melhores campanhas antigamente). De toda forma, o fato da Conferência Americana não ter um favorito claro pode ter uma folga valendo ouro.
Ou diamante, que seja. Mas valendo muito. Quem folgar não corre o risco de pegar na primeira rodada a defesa de Baltimore ou do New York Jets. Não corre o risco de pegar a alta octanagem do ataque do Miami Dolphins ou os milagres de Justin Herbert fora do pocket. Estou de boa de pegar um Jacksonville Jaguars com Trevor Lawrence no melhor momento de sua carreira, também. Quem folgar abre os playoffs descansado e pegando o pior cabeça-de-chave restante. Ou seja: não pega o #2, seja ele quem for. Se os Bills folgarem, necessariamente fogem de Chiefs ou Bengals na primeira partida dos playoffs. Se os Chiefs folgarem, fogem desses dois times – contra os quais têm derrota neste ano.
Quem folgar e passar pelo divisional contra o menor cabeça-de-chave restante, tem o apoio de sua torcida contra Mahomes, Allen ou Burrow. Isso é inestimável. Claro que esses três têm totais condições de vencer fora de casa, mas esse cenário todo dá um gás a mais e numa AFC tão parelha, é um cenário muito mais plausível.
O exemplo patriota
Para exemplificar, vamos com o exemplo da Dinastia de duas pontas do New England Patriots. Nos seis títulos de New England, a folga da AFC (na época, para as duas melhores campanhas) veio em… Todos. Jogar em casa contra o potente ataque do Indianapolis Colts de Peyton Manning em 2003 e 2004 foi inestimável no segundo e terceiro título de Bill Belichick e Tom Brady.





