Não surpreendeu ninguém: Geno Smith e Seattle Seahawks chegaram a um acordo e o quarterback permanece na equipe treinada por Pete Carroll. O vínculo é de 3 anos, com valor total de US$ 105 milhões, uma média anual de 35. Segundo o insider Jordan Schultz, do The Score, o camisa 7 receberá US$ 52 milhões já em 2023, valor que dá quase metade do contrato total. É um indicativo que Seattle não quer atrelar o seu futuro ao longo prazo, podendo trocar ou cortar Geno nos próximos anos caso entenda que é interessante.
Desta forma, John Schneider, general manager do time, deve promover uma renovação gradual no elenco. Ao contrário do que se esperava após a saída de Russell Wilson, o time não despencou: manteve bom nível de jogo e chegou até os playoffs, algo que poucos apostavam. Com 4 escolhas nas duas primeiras rodadas – inclusive a 5, vinda da troca de Wilson -, Seattle controla o próprio destino e quem sabe até em 2024, isso tudo com um bom quarterback no elenco.
É mais do que sobre dinheiro
Ter Geno no elenco dá a certeza para Carroll que seu time pode ser competitivo. Foi assim em 2022 e não deve mudar: Smith se mostrou um jogador que controla bem o sistema e sabe fazer o necessário para manter a equipe na briga. Na temporada passada, Geno teve o melhor percentual de passes completos entre todos os titulares – 69,8% -, além de lançar para 30 touchdowns, quarta melhor marca da liga. Para o head coach, manter a franquia na disputa é quase uma questão de honra: ele prova que dá para viver sem Wilson e que estava certo na celeuma com seu ex-quarterback.
Já pelo lado de Geno, o afetivo também pesa. Claro que todos são profissionais e buscam o melhor contrato, mas existe um forte elo entre o camisa 7 e Seattle após 2022. Smith era um quarterback desacreditado e relegado ao status de reserva, até que Carroll resolveu arriscar nele, dando um voto de confiança, que resultou no jogador ganhando o “Comeback Player Of the Year”. Sem dúvida, isso facilitou para o atleta aceitar um contrato que não garante sua permanência ao longo prazo.
O futuro ainda está em aberto
Com tantas escolhas de Draft como citado, Seattle pode fazer escolhas e elas não são poucas. Pensando em selecionar um quarterback já no Draft, dá para ficar na 5 ou entender o que está acontecendo e até trocar para baixo e ainda assim sair com um jogador de potencial como Anthony Richardson e Will Levis. São dois nomes que agradam à maioria dos olheiros e treinadores, mas que estão crus: nada melhor que ter Geno Smith servindo como ponte.
Outra opção bem plausível é escolher um jogador defensivo na 5: a equipe tem problemas na defesa e nomes como Jalen Carter (que pode estar disponível após problemas extracampo) e Tyree Wilson seriam valorosos, com impacto imediato. Como opção pouca é bobagem, ainda dá para descer nesse Draft – considerando que existam interessados – e acumular escolhas para no futuro usar em alguma subida para selecionar um quarterback ou se aproveitar de algum veterano que esteja disponível para troca.
Dá para dizer que o contrato de Geno foi um belo movimento: Seattle garantiu seu presente, mas sem comprometer o futuro, que segue sendo bastante promissor.
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