5 lições: Não tem mais bobo na NFL

A free agency de 2023 mostrou uma nova cara das franquias no mercado: quem é estrela recebe como estrela, quem é comum que batalhe por um acordo razoável.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Acabou a farra

Todo ano a free agency era um momento em que as franquias agiam sem pensar no amanhã, dando grandes contratos para jogadores medianos, o que trazia dores de cabeça depois, quando ficavam sem espaço na folha salarial dos anos seguintes. Em 2023, vimos uma realidade diferente: as equipes foram muito mais comedidas e foram poucos gastos questionáveis – e mesmo os que aconteceram não foram estrondosos.

Parece ser uma nova realidade da NFL: pagar como estrela quem impacta o jogo e com um salário mediano quem é um carregador de piano. Dessa forma, ninguém perde suas estrelas por não ter dinheiro no futuro, enquanto a folha salarial está recheada de nomes que o torcedor quer esquecer.

A nova realidade dos wide receivers

Na NFL atual, um wide receiver de qualidade é um ativo muito importante para se deixar que ele vá ao mercado: no momento só chegam até ele jogadores medianos e a free agency de 2023 é a prova disso. Nenhum jogador da posição recebeu um contrato com média superior a US$ 11 milhões anos e todos os vínculos são de fácil saída após duas temporadas. Os nomes? Pouco importa. Quem importa de verdade como Tyreek Hill, A.J. Brown e Davante Adams vira moeda de troca se não vai ficar na franquia. 

O filme está se repetindo

Quando Josh McDaniels dirigiu o Denver Broncos, seus piores momentos vieram da relação com os jogadores. Esse desgaste acabou fazendo com que ele tivesse liberdade para trocar Jay Cutler e Brandon Marshall, uma interessante dupla quarterback-wide receiver para época. A reposição não foi no mesmo nível e McDaniels naufragou, deixando os Broncos em maus lençóis. Corta para 2023: muita gente não gosta de McDaniels no Las Vegas Raiders, ele dispensou Derek Carr e trocou Darren Waller por uma paçoca. Jimmy Garoppolo será o quarterback do time. Só uma reviravolta épica fará esse filme ter final diferente do visto em Denver.

Chama o “véio” 

Em condições normais de temperatura e pressão, eu jamais ficaria animado com uma contratação de um cornerback que terá 33 anos na temporada. Contudo, quando eu vi que o Dallas Cowboys conseguiu Stephon Gilmore por uma quinta rodada vindo do Indianapolis Colts, quase não acreditei. O veterano defensor segue jogando em alto nível, indo pelo atalho. Atuando no lado oposto a Trevon Diggs, na defesa que mais pressionou o quarterback em 2022, a chance de sucesso é enorme.

Desapegar é preciso

O trabalho de Howie Roseman em 2022 é incontestável, mas confesso que alguns movimentos nessa offseason são questionáveis. A restruturação no contrato de Darius Slay, com a franquia estando no top-10, numa classe profunda de cornerbacks não é um movimento que agrada. Fletcher Cox também poderia dar adeus ao time, já cumpriu seu papel. Somados, os 2 tem o mesmo valor de cap hit que Javon Hargrave e Chauncey Gardner-Johnson terão em seus novos times em 2023. Claro que os contratos têm diferença, em especial Hargrave, mas valia mais a pena no meu entendimento.

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