Ficou com um gostinho amargo: após começar a temporada voando, o Buffalo Bills oscilou de produção em 2022 e foi eliminado nos playoffs em casa pelo Cincinnati Bengals, num jogo em que foi dominado do começo ao fim. Com isso, questionamentos – justos, por sinal – caíram sobre a comissão técnica liderada por Sean McDermott. O coordenador defensivo Leslie Frazier resolveu tirar um ano sabático da NFL. O curioso é que até agora a franquia não formalizou ninguém para seu lugar, dando indícios que McDermott deva acumular funções.
Com uma intertemporada discreta em termos de contratações – Damien Harris e Taylor Rapp foram as principais adições -, Buffalo precisa usar o Draft para rejuvenescer seu elenco sem perder qualidade. Von Miller, Jordan Poyer, Micah Hyde e Stefon Diggs são alguns dos nomes que terão pelo menos 30 anos na temporada. Matt Milano e Tre’Davious White, outros pilares do elenco, estarão com 29. Caberá ao general manager Brandon Beane renovar bem o elenco, a ponto de seguir competitivo. Caso contrário, a pressão nele e em McDermott será enorme.
É preciso trazer uma arma diferente
Por mais que Stefon Diggs ainda esteja na prateleira mais alta de sua posição, a chegada da idade preocupa – ainda mais numa posição que exige tanto do atleticismo – e não esperar a derrocada começar para ir atrás de uma peça que vá ocupando o seu espaço é primordial. E se você esperava que eu fosse falar bem de Gabriel Davis aqui, o citando como esse nome, se enganou. Não que o sósia do lateral Reinaldo seja um jogador ruim, longe disso.
Contudo, sua inconstância é evidente, algo que o acompanha desde os tempos de college football. Em 5 dos 17 jogos do ano, ele sequer chegou a 60 jardas recebidas. Pouco versátil, o camisa 13 alinha basicamente aberto – falta agilidade para atuar no slot – e teve uma taxa de drops de 12%: ele foi o único wide receiver que passou dos 10%. Ainda dentro deste grupo, ele foi o quinto com menos jardas por rota corrida, ficando na casa de 1,43[foot]Números do ProFootball Focus[/foot].
Davis tem valor, mas o time precisa adicionar um jogador mais completo. Dois nomes despontam como possível escolha na 27: Jalyn Hyatt, de Tennessee. Veloz, ele pode esticar o campo de forma consistente, deixando Diggs com menos responsabilidades verticais. Dono de boa versatilidade, Hyatt jogou bastante no slot na universidade e sua capacidade de produzir depois da recepção é sólida: Buffalo foi o quarto pior time em jardas após a posse em 2022.

Aproveite: https://profootball.com.br/assinar/
Por Bijan, só mudando a fórmula
Não se engane, eu adoro Bijan Robinson e se os Bills o selecionarem na escolha 27, não serei capaz de dizer que é uma escolha ruim. Todavia, running back passa longe de ser uma necessidade deste time e escolher o corredor da universidade do Texas seria arriscar bastante, apostando mais em talento puro do qualquer outra coisa. E aí seria preciso também uma mudança sistemática para que fizesse algum sentido: Buffalo foi a quarta equipe que menos correu na liga em % de jogadas na temporada de 2022.
O investimento no backfield também seria alto, visto que nos últimos 4 anos, três running backs foram draftados no dia 2. Um deles, James Cook, está no elenco e é tido como um especialista em receber passes, o que por si só derruba o argumento que Bijan seria a peça vinda do backfield como recebedor. Damien Harris é um corredor de força e chegou agora no elenco, que ainda conta com Nyheim Hines. Não dá para descartar a hipótese, mas parece improvável que Robinson seja um alvo do time.
Outras necessidades são a posição de linebacker – Tremaine Edmunds foi para o Chicago Bears – e competição na linha ofensiva, mas isso pode ser suprido mais tarde. Na primeira rodada, a missão é clara: dar uma nova arma para Josh Allen.
Para saber mais:
🔒Draft 2023: Os 5 melhores tight ends
🔒Houston Texans tem a faca e o queijo nas mãos, mas está louco para fazer lambança
🎙️ 33: Renovação de Hurts, destino dos QBs no Draft e muito mais







