Todo time chega na noite do Draft repleto de expectativas. Afinal de contas, não existe elenco perfeito e conseguir jovens valores é algo que sempre tem impacto, em especial numa liga em que as lesões sempre aparecem e podem custar um ano de trabalho. Contudo, 2023 reservou ao sofrido torcedor do New York Jets algo que fez com que o questionável recrutamento que seguiria sequer doesse: Aaron Rodgers foi anunciado um dia antes e tudo se resolveu por ali.
Com o principal problema sanada, Joe Douglas foi para o recrutamento mais relaxado e fez seu Draft mais contestável dos últimos anos. Chamar de ruim não seria justo, visto que alguns valores são interessantes: conseguir um center como Joe Tippmann na escolha 43 é motivo de aplausos, por exemplo. Entretanto, algumas picks poderiam ser mais produtivas e seguras, trazendo profundidade em posições que podem se tornar críticas com o passar de 2023.
Faltou o protetor, mas nem tudo está perdido
É claro que o bônus de ter Rodgers é muito maior que qualquer ônus: os Jets não tem um quarterback decente há tanto tempo, que nem dá para lembrar quem foi o último confiável e seja ele quem você escolher, estará alguns degraus abaixo de Rodgers. Contudo, quando o time saiu da escolha 13 para 15, ficou numa posição menos confortável para conseguir um offensive tackle: Pittsburgh Steelers pulou na sua frente e selecionou Broderick Jones, o último do Big 4 da posição.
O plano B é contestável: Will McDonald, EDGE de Iowa State. Longe de ser um jogador ruim, mas precisará ganhar peso e evoluir em alguns pontos técnicos, algo que você não espera numa escolha top-15. Vale lembrar que o time selecionou Jermaine Johnson no fim da primeira rodada de 2022 e a expectativa é que ele tenha mais espaço na rotação nessa temporada. O movimento pode indicar um corte de Carl Lawson, veterano que tem contrato até o fim desta temporada: sua dispensa abriria 15 milhões na folha salarial.
