Semana 2018: a afirmação de McVay

Após um ano de estreia promissor, treinador do Los Angeles Rams confirmou seu status entre os grandes, chegando ao Super Bowl logo em sua segunda temporada como head coach

Já é tradição: todo ano, aproveitando o sossego da offseason, fazemos uma semana especial, relembrando alguma temporada da NFL. Para este ano, resolvemos contar a história da temporada de 2018, repleta de bons personagens e histórias cativantes. Vimos surgimento de uma estrela, treinador se consolidando, a última dança de uma famosa dupla e muito mais. Venha conosco nessa gostosa viagem no tempo!

Ao fim de 2016, o Los Angeles Rams era uma equipe em frangalhos. Jeff Fisher acabará de ser demitido após cinco anos sem ter sequer uma campanha positivo. Jared Goff tinha sido a escolha de primeira rodada de seu time, mas não existia muita segurança que ele daria certo. Para tentar mudar as coisas, o general manager Les Snead resolveu arriscar, contratando um jovem treinador para 2017: Sean McVay, que com 30 anos, se tornará o mais jovem head coach da história da liga. 

Logo de cara, ele venceu 11 jogos e a divisão, mas a derrota nos playoffs diante do Atlanta Falcons deixou a dúvida se não era apenas um voo de galinha. Em 2018, McVay deixou claro que não: seu lugar era na prateleira de cima da posição.

Tirar o melhor de cada um

Um dos maiores méritos de McVay foi entender que o simples sempre funciona melhor. Seu sistema era – e é assim até hoje – calcado em diversas jogadas saindo da mesma formação, deixando o adversário sempre em dúvida. Como o próprio treinador descreveu certa vez era “enganosamente complexo”. Para isso, dois elementos foram chave: as corridas em zona e o play-action.

 A corrida mais usada pelos Rams em 2018

Trabalhando os conceitos de mid zone, McVay dava a oportunidade de Todd Gurley, seu explosivo running back, ler o gap e atacar. Em plena forma, ele correu para 12251 jardas, 17 touchdowns – melhor marca da liga – e os Rams conseguiram quase 5 jardas por corrida. Mas não parou por aí: com as defesas colocando um safety perto do box para parar Gurley e seu grande volume, Jared Goff brilhou no play-action.

Sabendo das limitações de seu quarterback, McVay lhe dava leituras fáceis, usando do artifício: ninguém usou mais que a equipe de Los Angeles, que fingiu entregar para o running back e passou em 36% dos seus lançamentos. Goff teve 10 jardas e 15 touchdowns no play-action, com apenas duas interceptações. Fora dele, foram 17 passes para TD e 10 interceptações.[foot] Números do PFF[/foot]

Uma explosão…até empacar

Com uma fórmula simples, mas muito bem executada, o time explodiu ofensivamente: foram pelo menos 30 pontos em 12 dos 16 jogos da temporada regular, sendo 54 num dos maiores jogos da história (que falaremos ainda nessa semana), diante do Kansas City Chiefs. Mesmo com um defesa oscilante, o sucesso foi enorme: 13 vitórias e o título da divisão, garantindo uma folga nos playoffs.

Uma vitória com uma chamada contestada da arbitragem – também falaremos ainda nessa semana sobre o tema – sobre o New Orleans Saints deu o título da conferência para Los Angeles, mas no Super Bowl LIII, Bill Belichick daria uma lição e travaria o ataque de McVay em míseros 3 pontos…mas essa história a gente conta mais pra frente.

Sean McVay venceu o prêmio de treinador daquela temporada e o resto dessa epopeia culminaria no título do Super Bowl LVI, se tornando o mais jovem head coach a ganhar um Super Bowl, cravando seu nome na história da liga em definitivo.

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