Giants escalaram o pé da montanha, mas chegar ao topo dependerá de Jones

Depois de surpreendente 2022, agora Jones precisa evoluir para que os Giants possam ir mais longe. Quais os próximos passos para que isso possa acontecer?

De um provável fim de carreira a uma sobrevida e um novo contrato. Daniel Jones saiu do fracasso certo e pôde se permitir a viver mais algumas felicidades na NFL. O vínculo de renovação foi ótimo para jogador e franquia: o New York Giants pode continuar preparando o terreno com um quarterback (agora) confiável e o passador ganha nova chance, tentando crescer ainda mais sob a batuta de Brian Daboll.

Mesmo que o ano passado tenha sido surpreendentemente positivo, Jones não pode achar que já é o suficiente. Se estagnar no nível da última temporada, forçará os Giants a procurarem outra opção, pois, após boa free agency e Draft, a equipe já se dá ao luxo de pensar em dar mais trabalho nos playoffs. Quais, então são os próximos passos para que Daniel possa manter sua progressão, demonstrando que seu 2022 não foi mero golpe de sorte?

Saber frear para poder acelerar 

Quando olhamos os números de Jones em 2022, podemos ficar surpresos quando nos deparamos com tímidos 15 touchdowns passados ao longo da temporada regular. Realmente, é uma estatística baixa, a menor entre quarterbacks que começaram ao menos 16 jogos[foot]Pro Football Reference[/foot]. No entanto, é preciso entender a importância do direcionamento de um novo treinador e como isso impacta no foco que um jogador possui dento de campo.

Antes da chegada de Daboll, Jones sempre possuiu um problema grave de turnovers. Nas suas três primeiras temporadas da carreira, foram 29 interceptações e 36 fumbles, números espantosos e que demonstram o motivo pelo qual seu futuro na NFL estava ameaçado. Seu novo treinador, contudo, era um homem com experiência no assunto; afinal, foi o responsável por moldar Josh Allen em um dos melhores quarterbacks na liga. O líder do Buffalo Bills sempre foi exímio em jogadas explosivas, mas tinha notórias dificuldades no tocante às tomadas de decisão nos dois primeiros anos de sua carreira.

Resultado: em 2022, Jones foi interceptado em apenas cinco oportunidades – seu percentual de interceptações/passe de 1,1% foi o melhor da liga no último ano[foot]Ibid[/foot] – e cortou o número de fumbles para seis, menor marca de sua carreira. A última estatística, inclusive, torna-se ainda melhor quando notamos que Daniel correu com a bola em mais de 120 oportunidades, passando da casa das 700 jardas terrestres, ou seja, esteve exposto ao fumble mais do que nunca, mas soube controlar o risco.

Tudo isso nos mostra a diferença de um comando técnico realmente eficiente. Daboll não poderia fazer com que seu novo quarterback melhorasse em tudo ao mesmo tempo, portanto, resolveu focar, primeiro, no corte de turnovers. Evitando entregar a bola para o adversário, vencer o jogo se torna menos difícil, pois o triunfo começa a depender menos do talento de Jones como passador e mais da capacidade do elenco de demonstrar a força do coletivo.

Se em 2022 funcionou, contudo, em 2023 não será o suficiente. O grande salto de Daniel na temporada passa pela capacidade, agora, de agregar com mais agressividade dentro de campo. Saber o momento de arriscar e tentar o caminho mais difícil, sem voltar a ser uma máquina de turnovers. Com o crescimento de seu entrosamento com Daboll, a melhora da linha ofensiva pelo recrutamento e a chegada de Jalin Hyatt para verticalizar o campo, o terreno é fértil. Agora, depende dele.

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