O Hall da Fama da NFL: um lugar que todos querem estar, mas que possui entrada muito (muito mesmo) restrita. Como vimos na lista deste ano, são muitos nomes talentosos que acabam ficando de fora, alguns, até mesmo, não chegando a conseguir sua jaqueta dourada mesmo após diversas tentativas. Excluindo quarterbacks para tornar a seleção mais interessante, escolhemos cinco jogadores atuais que são candidatos claros a adentrar o panteão do esporte quando finalizarem suas carreiras. Lembrando que só foram considerados nomes que estão sob contrato.
Aaron Donald
Provavelmente, o primeiro nome que veio à sua cabeça, leitor, quando viu o título do texto. Falar de Donald é fácil: campeão, referência para sua posição, imparável dentro de campo e, discutivelmente, o jogador mais dominante da última década excedendo-se a posição de quarterback.
No primeiro ano de elegibilidade, não há dúvidas que Aaron receberá a jaqueta dourada, pois ele fez tudo o que era possível para a posição, puxando a régua muito para cima. São três prêmios de defensor do ano, presença no “time da década passada”, sete seleções ao primeiro time All-Pro e, para coroar, o anel de campeão da temporada 2021. Um currículo que já é perfeito e ainda pode melhorar mais um pouco, a depender do quanto Donald decidir continuar jogando.
Von Miller
Mais um jogador de linha defensiva marca posição na lista. Miller é um caso a ser estudado: dominante em tudo no que se refere à posição, ele foi capaz de voltar em alto nível mesmo depois de uma lesão que retirou uma temporada de sua carreira, envolvendo uma troca de time no meio disso tudo.
Duas vezes campeão do Super Bowl, sendo MVP da final em uma delas, Von é exemplo de constância e refino técnico. Após ser campeão ao lado de Donald, ele se juntou ao Buffalo Bills para ser peça principal para levar a equipe ao título e fazia ótimo ano, antes de uma lesão que o retirou da temporada. Em 2023, espere vê-lo no topo mais uma vez, confirmando sua caminhada rumo ao panteão dos atletas.
Travis Kelce
Viver na mesma época que Rob Gronkowski ofuscou um pouco o início de Travis Kelce, mas seu domínio na função hoje é inacreditável. Ele não é só o melhor tight end da liga, é uma das melhores armas ofensivas de toda NFL. Você sabe onde ele vai e o que vai fazer, mas, ainda assim, é impossível marcá-lo. Quantas vezes o Kansas City Chiefs estava em apuros, mas a conexão com Patrick Mahomes veio como mágica?
No ritmo atual, inclusive, é possível que Kelce atinja a marca de Tony Gonzalez e se torne o tight end com mais jardas recebidas na história da liga (mantendo uma média de 1200 jardas por temporada, ele passaria em quatro anos). Seus All-Pros, títulos e atuações se tornariam ainda maiores ao lado disso.
Bobby Wagner
Referência na posição, líder defensivo e campeão em um dos melhores grupo da história. Por mais de uma década, Wagner entra em campo e apresenta um nível altíssimo, mesmo com todas as mudanças que a posição de linebacker sofreu ao longo dos anos. Fechar o gap, ler o ataque, passar instruções para os companheiros, atacar o quarterback, cortar a linha de passe: ele é capaz de fazer tudo.
Com incríveis seis seleções ao primeiro time All-Pro – além de mais três seleções para o segundo time -, Bobby parece um eterno jovem jogando. Mesmo no decepcionante Los Angeles Rams de 2022, ele esbanjou qualidade. De volta ao Seattle Seahawks, seu time de formação, ele ruma para uma reta final de carreira gloriosa, para garantir sua jaqueta dourada quando se aposentar.
Zack Martin
Falar de jogadores de linha ofensiva é sempre mais difícil, mas Martin é um caso à parte. Um monstro na posição desde seu ano de calouro – já na temporada de estreia foi All-Pro, a primeira de seis seleções -, Zack transmite uma segurança que poucas vezes é vista em qualquer função do jogo. São apenas 11 sacks cedidos em nove anos de carreira, pouquíssimas lesões e, um fato inusitado, um nome que os fãs lembram, quando mencionam jogadores talentosos.
Como Joe Thomas recentemente, Martin é mais um homem de linha ofensiva que, com toda certeza, será uma seleção para o Hall of Fame em seu primeiro ano de elegibilidade.
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