A cena ainda está viva na cabeça de grande parte dos que viram ao vivo. Damar Hamlin, safety do Buffalo Bills, realiza um tackle de rotina e cai no chão poucos segundos depois. Por instinto natural, pensamos que era apenas uma lesão comum do esporte, com o jogador saindo de campo e a partida resumindo rapidamente.
Enquanto tudo isso acontecia, Damar Hamlin começou subitamente uma luta para sobreviver, e conseguiu com o brilhante auxílio dos médicos dos Bills que responderam rapidamente à gravidade da situação. Não apenas ele continuou uma vida sem sequelas – o bom, rápido e efetivo tratamento médico permitiu que Hamlin voltasse a entrar em campo no sábado, iniciando a pré-temporada contra o Indianapolis Colts.
Damar Hamlin: em campo, decisivo
A menos que estejamos falando de calouros ou disputa por posição, analisar jogador na pré-temporada é uma tarefa bastante inútil. Podemos abrir um passo para as contribuções do safety na partida de sábado, onde ele conseguiu impedir o time adversário de converter uma 4th & 1 com um tackle preciso e terminou a partida com três tackles mesmo com pouco tempo em campo.
Hamlin não é uma estrela no time dos Bills e certamente não ameaça a titularidade de Jordan Poyer e Micah Hyde, os safeties titulares que formam uma das melhores duplas da liga. Só que ele também supriu muito bem a lesão de Hyde, realizando um bom trabalho ocupando gaps no jogo terrestre ao longo daquela temporada. Para um jogador reserva, é uma contribuição muito decente e que te permite ficar seguro com relação ao seu futuro no elenco (e sendo escolhido na sexta rodada em 2021, estar no contrato de calouro te dá ainda mais tranquilidade). Para um jogador que voltou de um problema cardíaco gravíssimo? É emocionante.
O grande destaque do sábado foi Hamlin e não havia como ser diferente. Um provável sobrevivente dos cortes, seu papel na defesa certamente será diminuído em 2023 com Hyde saudável. O que não diminui seu bom trabalho no ano passado.
Fora de campo, um herói
Damar Hamlin é um gigantesco exemplo de superação nos últimos oito meses e merece sempre ser reconhecido como tal. É claro que a lista de heróis dessa história envolve também todos os médicos que fizeram um excelente tratamento que não lhe deixou com sequelas, e ainda mais impressionante, capaz de jogar futebol americano.
No fim das contas, é uma história muito bonita e que teve um final feliz, não importa o que seja de sua carreira na NFL a partir de agora. Como bem disseram os médicos assim que Hamlin acordou no hospital, ele venceu o jogo da vida. É isso que vale.
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