O Philadelphia Eagles continua arrancando a alma de seus adversários por meio de suas linhas. Em mais um jogo dominante nas trincheiras, a equipe de Nick Sirianni mostrou ao Tampa Bay Buccaneers o porquê de dominar a NFC desde a última temporada: é praticamente impossível se sobressair contra os excelentes fronts que os Eagles apresentam.
Enquanto o time ainda não conseguiu retomar a explosividade da temporada passada e Jalen Hurts não engatou a quinta marcha, o time ganha os jogos na mais pura força, abrindo espaços gigantescos no jogo terrestre, pressionando quarterbacks adversários com frequência e forçando turnovers na defesa. É uma fórmula de muito sucesso quando você domina qualquer linha adversária.
Um empurrãozinho faz bem
Nenhuma novidade em 2023: o Philadelphia Eagles continua tendo a melhor linha ofensiva da liga e utiliza sua qualidade ao máximo para vencer seus oponentes. O time acumula inacreditáveis 557 jardas pelo chão nas primeiras três partidas da temporada, destacando principalmente o ótimo início de ano de D’Andre Swift – 3 jardas no primeiro jogo, 175 no segundo, 130 no terceiro. Os Eagles não terem dado a titularidade direta para ele na Semana 1, olhando em retrospecto, não foi uma grande decisão.
Argumentos a favor do Kenneth Gainwell:
– Mais familiaridade com o sistema
– Jogou muito nos playoffs de 2022Argumentos a favor do D'Andre Swift:
– Ele é MUITO melhor que o Kenneth Gainwell— Henrique (@buliopf) September 25, 2023
A força dessa linha ofensiva é desmoralizadora. Para se ter uma ideia, os Eagles começaram o último quarto vencendo por 25 a 3, quando os Buccaneers anotaram um touchdown e devolveram a bola perdendo por 14 pontos e com 9:11 restantes no cronômetro. O drive que se seguiu foi tão longo, tão cansativo para a defesa, tão impressionante para o ataque, que Todd Bowles nem chamou os tempos para parar o relógio mais para o fim do jogo. Ele apenas aceitou que não haveria como vencer.
O restante do ataque é que ainda precisa ser limpo. Jalen Hurts teve nova exibição de altos e baixos, especialmente na red zone, onde o time não conseguiu se encontrar ainda em 2023. Ao menos A. J. Brown não terá do que reclamar, relembrando sua qualidade para o mundo com 9 recepções e 131 jardas.
Aliás, um tópico válido de adereçar. Mais um jogo do Philadelphia Eagles, mais uma partida onde o time teve sucesso com o sneak popularmente denominado de Tush Push, mais discussões sobre sua validade ou não. Pensando no espírito competitivo da liga, transformar uma jogada em ilegal pelo sucesso de uma equipe na sua execução seria completamente injusto – imagina dizer para o Miami Dolphins que eles não podem usar Tyreek Hill em rotas verticais ou que Kyle Shanahan não pode usar a versatilidade de Christian McCaffrey? Outros times a usam e não obtém o mesmo sucesso; se a jogada incomoda, ache um jeito de defender. É um esporte ultracompetitivo.
O rico cada vez mais rico
Aliás, já que falamos de fronts, os inícios de temporada de Jalen Carter e Jordan Davis justificam o uso de duas escolhas consecutivas de primeira rodada na posição por parte de Howie Roseman. Mais uma vez foi Carter quem apareceu com grande impacto, forçando um fumble no final do segundo quarto e anotando cinco pressões (maior marca do time) em apenas 16 snaps atacando Baker Mayfield.
Evidentemente, a saída de Javon Hargrave para o San Francisco 49ers anula um pouco da força na chegada de Carter – a diferença é que os Eagles possuem um monstrengo que já produz em alto nível no início de um contrato de calouro. É uma questão de tempo até ele começar a receber ainda mais snaps na rotação e chamar a atenção dos fãs.
Pode até faltar explosividade para o Philadelphia Eagles no momento, mas o time está ganhando de outras formas dominantes e confirmando sua postura de favorito na conferência. Até que alguém chegue com o antídoto, fica difícil argumentar contra o sucesso dessa fórmula.
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