Pergunte ao Doutor é nossa nova coluna, trazendo a opinião de um médico especializado na área sobre as lesões que afetam a NFL. Gustavo Ferrareto Pires é médico ortopedista, com especialidade em cirurgia esportiva. Fã de futebol americano, juntou suas duas paixões para escrever: o esporte e a medicina. Você pode o seguir no Instagram em @gustavoferrareto
Uma lesão assustadora ocorreu no Monday Night Football da semana 2 entre Pittsburg Steelers e Cleveland Browns. Ao tentar parar uma corrida de Nick Chubb a menos de 5 jardas da end zone, o safety Minkah Fitzpatrick acerta o joelho esquerdo do running back, que sofre uma aparente luxação para posterior e lateral. Logo após o fim da jogada, o jogador é retirado de campo e é anunciado que não voltaria a partida.
Lembrando que esta é a segunda lesão grave no joelho que o running back sofre. Em 2015, quando ainda jogava no college por Ohio State, Nick sofreu uma ruptura mutiligamentar também no joelho esquerdo. Na ocasião, foram constatadas lesões dos ligamentos cruzado posterior (LCP), colateral medial (LCM) e colateral lateral (LCL).
Considerada uma lesão de alta energia, a luxação do joelho pode ser devastadora para o membro do paciente, gerando graves sequelas. Não apenas os ligamentos podem ser lesados durante a luxação, também podem ocorrer fraturas no joelho em 57% dos casos, outras fraturas em 41% e fraturas expostas em 27%. Há também risco de traumatismo vascular, principalmente da artéria poplítea, ou nervoso, mais comum do nervo fibular.
