Nada é previsível na NFL, porém uma coisa é certa: quem vive sempre na ponta da faca, uma hora acaba pagando a conta. Aconteceu com os Vikings no ano passado, por exemplo. Em 2023, quem está nesta sentença é o Buffalo Bills: entre vitórias acachapantes, outras no sacrifício e derrotas doloridas, o time vive hoje uma montanha-russa nos dois lados da bola. Para quem tem como meta o Super Bowl, a inconsistência pode virar um veneno mortal.
Faltou conhecimento de viga
Vamos ser sinceros: nem o torcedor mais sonhador do New England Patriots se ilude mais com o time em 2023. Com um elenco para lá de mediano, ninguém esperava que fossem vencer Buffalo, mesmo jogando em casa. Porém, Bill Belichick fez o básico e deu certo: Mac Jones teve o seu melhor jogo disparado no ano, Kendrick Bourne apareceu muito bem e os Pats tiveram seus méritos na vitória. O ponto aqui, no entanto, foi como os Bills não conseguiram responder dentro da partida, em especial no ataque.
Parte da explicação pode ser vista ainda na semana 5, na derrota para Jacksonville em Londres. Doug Peterson e seus coordenadores deram a dica: com sua defesa, limite o jogo terrestre dos Bills e obrigue Josh Allen a soltar o braço; com o ataque, explore os cobertores curtos que a defesa dos Bills acaba deixando ao pressionar o quarterback – e a fragilidade do corpo de cornerbacks. Adicione dobras em Diggs (caso consiga), faça o seu trabalho e voilá: você terá grande chance de ficar com a vitória.





