Ravens

5 lições: Criatividade e raízes não são palavras inimigas

Ataque do Baltimore Ravens tem uma nova cara, muito mais versátil, mas sem perder em nenhum momento suas características básicas

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

É só abrir a caixa

Nos dois últimos anos, o ataque do Baltimore Ravens comandado por Greg Roman parecia o famigerado tabuleiro de xadrez para iniciantes do Chaves: todo mundo já sabia o que ia acontecer e ninguém era pego no contrapé. Com a chegada de Todd Monken, a coisa toma contornos diferentes. Agora o que se vê é um ataque que consegue produzir em todas as fases, passando a bola bem, mas sem perder o principal: sua raíz terrestre.

Ninguém corre mais que os Ravens na liga e isso é bom: foram quase 300 jardas terrestres – média superior a 7 jardas – contra o Seattle Seahawks. Contudo, a variação na forma de correr, a parcimônia em usar Lamar Jackson com as pernas e a constante ameaça aérea levaram esse ataque para outro patamar. Some tudo isso a uma defesa de elite e está feito um contender ao Super Bowl.

Morre uma narrativa (fraca)

O insucesso recente de quarterbacks vindo da universidade de Ohio State – Justin Fields é o maior exemplo – criou uma suposta narrativa que nenhum jogador da posição vindo de lá poderia dar certo. O argumento? Tinham muita ajuda, com ótimos recebedores. Além de ser fácil de refutar – basta olhar o suporte que Joe Burrow e Tua Tagovailoa tinham em seus times – é de uma bobagem tremenda: você precisar analisar o jogador e não a camisa que veste.

Corta para Houston nessa semana 9. C.J. Stroud, 5 touchdowns e 470 jardas – melhor marca da história para um calouro -, com direito a drive da virada contra o Tampa Bay Buccaneers, atravessando o campo em 45 segundos. 14 touchdowns e uma interceptação em nove semanas. Vindo de Ohio State. RIP narrativa tola.

O projeto precisa ser revisto

Nada deu certo no New York Giants nesse ano. A derrota para o Las Vegas Raiders parece ter sepultado de vez qualquer chance do time de brigar por algo. Para piorar, Daniel Jones pode ter rompido um ligamento do joelho. A verdade é que o planejado para dar continuidade após o bom 2022 simplesmente não deu certo. São 9 semanas em que Joe Schoen e Brian Daboll precisarão sentar e repensar o planejamento, para encontrar alternativas. Vai ser fácil? Não. Mas eles ganham bem o suficiente para lidarem com essa dor de cabeça.

Dolphins vão se tornando porteiros

Se eu precisasse escolher um personagem para identificar o Miami Dolphins ele seria Severino, o porteiro interpretado pelo saudoso Paulo Silvino. Por mais que eu adore ver esse time jogando, ele não conseguiu fazer frente contra os 3 adversários fortes que enfrentou em 2023. Contra o Kansas City Chiefs, o ataque anotou 14 pontos e 7 deles vieram de campo curto. Em nenhum dos 3 jogos – os outros dois foram contra Buffalo Bills e Philadelphia Eagles – a unidade de Tua Tagovailoa anotou mais de 20 pontos. É uma narrativa chata, mas real nesse momento. O lado bom? Dá tempo de mudar e a defesa está melhorando. Mas é preciso vencer um figurão para ser aceito no clubinho deles.

Ninguém mais se assusta 

Você que acompanha NFL a mais tempo deve lembrar de como era terrível ir ao Gillete Stadium. Mesmo quando Tom Brady não estava, como na temporada de 2008, a mística estava la e era sempre um ambiente hostil. Contudo, até isso vem sumindo: a derrota para o Washington Commanders – o time que trocou seus dois principais pass rushers nessa semana – foi a quarta em cinco jogos na temporada. Foi-se o tempo que ir até Foxboro era algo temível.

Para saber mais:
Podcast ProFootball: Perguntas dos assinantes
Panorama dos playoffs: As chances de cada time antes da semana 9
Adeus, McDaniels: Raiders encerram (mais um) período de trevas

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