Há fardos que balança nenhuma no mundo pode mensurar. Ser uma primeira escolha geral da NFL é um deles. Quando selecionado em Abril, Bryce Young possuía o status de estrela incontestável. Grande parte da comunidade da liga possuía certeza que aquela era a melhor seleção para o Carolina Panthers; o jovem que prometia trazer nova esperança para a franquia.
Hoje, há um toque amargo nessa história. Em condições normais, as narrativas de que “é necessário amadurecer” e de que “o contexto não é bom”, fariam parte da rotina de Young. No entanto, quando seu concorrente direto está voando, a preocupação aparece. C. J. Stroud foi a escolha seguinte de Bryce, sendo o nome preferido dos analistas antes do produto de Alabama dominar o futebol americano universitário.
É evidente que ninguém vai queimar a reputação de Young com este possuindo apenas sete partidas como titular na NFL. Ele ainda é muito jovem e já vimos inúmeros exemplos de calouros que demoraram até três anos para se adaptar ao nível profissional. A questão é: já é preciso abrir o olho e começar a se preocupar?
Situações extremas, respostas diferentes
Este não é um texto comparativo; todavia, fazer paralelos de Young com Stroud nos ajudará a entender um pouco do processo de adaptação de jovens passadores à liga. Não há uma fórmula clara: tudo depende de uma avaliação correta de expectativas e, principalmente, da comissão técnica.
Josh Allen foi lapidado por três anos. Patrick Mahomes ficou um ano no banco. Justin Herbert e Trevor Lawrence foram titulares de imediato. O que possuíram em comum? Conseguiram evoluir quando obtiveram uma boa comissão técnica, somado ao contexto positivo. Preciso lembrar da diferença de performance do quarterback do Jacksonville Jaguars sob Urban Meyer e Doug Pederson?
Hoje, Stroud e Young vivem situações semelhantes (times em reconstrução com claros buracos), mas com comissões técnicas opostas. Enquanto o primeiro possui em DeMeco Ryans um ótimo treinador, com Bobby Slowik facilitando as coisas no ataque, o segundo vê Frank Reich ser incapaz de dar uma resposta, insistindo nos mesmos erros jogo após jogo.
