Nesta semana acontece o NFL Scouting Combine, evento anual que reúne prospectos que estão disponíveis para o Draft e as franquias da liga. Como já é tradicional, Indianapolis é a sede e mais de 300 jogadores que terminaram suas carreiras universitárias estarão por lá. Os 32 times enviam equipes para lá também: médicos, olheiros, treinadores de posição, coordenadores e muitas vezes head coach e general managers também estão in loco.
Apesar de oficialmente já ter começado no dia 27, com a chegada da primeira leva de atletas, a atenção do público fica maior a partir de quinta-feira (29), quando os jogadores começam a ser medidos e depois vão ao campo para fazer testes físicos e alguns exercícios específicos por posição. Obviamente seria impossível ter mais de 300 nomes testando simultaneamente sem prejudicar a observação, então eles são divididos em grupos, conforme suas posições. Serão 4 dias no gramado, com o evento terminando no domingo (3).
Confirmar e conhecer é parte vital
Vale lembrar que o Draft é no fundo, um grande processo de emprego, tal qual todos nós já enfrentamos na vida. O contratante quer ter a máxima confiança que está trazendo para seu quadro de funcionários a pessoa certa, aquela que irá trazer resultados e que ele espera não precisar substituir. Para isso, apenas talento não basta: é preciso entender o nível de maturidade, comprometimento e paixão dos candidatos, sob pena de pagar caro por um erro.
Nesse cenário, as entrevistas são fundamentais. Treinados para isso, os entrevistadores procuram nuances que possam falar sobre o caráter de cada atleta, para tornar sua tomada de decisão mais segura. Peyton Manning garantiu a primeira escolha do Draft de 1998 ao mostrar para o Indianapolis Colts toda sua inteligência e paixão pelo jogo durante o encontro. Já Ryan Leaf – o concorrente a vaga – perdeu sua hora, acabou selecionado pelo San Diego Chargers, se perdeu nas drogas e se tornou um dos maiores fracassos da história.
Outro ponto importante é confirmar as medidas. Sim, as universidades mentem nas fichas de forma descarada e não raro vemos um wide receiver listado com 1,83 m medir 1,78 ou algum defensor que pesa 10 kg a menos que o esperado. Alguns treinadores têm pré-requisitos em posições, como, por exemplo: não selecionar running backs que pesem menos de 90 kgs. Podemos não concorda com essa métrica ou qualquer outra, mas elas existem e os times tem que se certificar de que não estão comprando gato por lebre.






