Não, infelizmente não estou falando do filme indicado ao Oscar. Nem mesmo da grande estrela da premiação, o cachorro Messi. A anatomia da queda que vamos abordar a seguir é a de Mac Jones.
Um dia, ele era o quarterback do último título de Alabama no college football, o que lhe deu créditos para ser a 15° escolha do draft de 2021 e a primeira do New England Patriots. No outro, ele é trocado para outro time por uma escolha de sexta rodada depois de uma temporada horrível e, possivelmente, caminhando para ser um backup. O tempo é cruel e a liga mais ainda: ou você produz logo e se torna um herói, ou você vive o suficiente para se tornar um vilão.
A passagem de Mac Jones nos Patriots poderia ser mais um caso de quarterbacks que não vingaram nas suas franquias – e, de certa forma, é. A diferença é que ele virou o epílogo da maior dinastia da história da NFL e último rosto de sua derrocada.
Parabéns, foi horrível
Nem o torcedor mais pessimista dos Patriots seria capaz de adivinhar a catástrofe que seria os dois últimos anos da franquia e, por consequência, da era Belichick. Os mais céticos e membros da bancada São Tomé – a turma do “só acredito vendo” – poderiam até acreditar que Jones não era o novo Tom Brady e que era um quarterback com limitações, porém que, com um forte suporte do elenco e com um dos maiores treinadores da história, pelo menos faria a transição da era Brady ser um pouquinho digna. Ficaria na mediocridade possivelmente, mas é aquilo: o não você já tem, resta correr atrás da humilhação.
Haja humilhação para falar disso, inclusive.
Claro que existiram inúmeros fatores para explicar a tragédia para além de Mac Jones. Não dá para colocar na conta dele a péssima montagem e gestão de elenco, a falta de recebedores realmente bons ou a linha ofensiva sendo uma das piores da liga contra blitzes e bloqueando qualquer tipo de pressão, por exemplo. Contudo, ele potencializou por conta própria o que já era ruim e o tornou ainda pior.





