5 lições: New England Patriots, o fiel da balança

Movimentos da free agency de 2024 não deixaram claras as intenções da franquia de Foxboro em relação à escolha 3 do Draft: o que ela fizer ditará todo ritmo do recrutamento

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Limbo? Não quero!

Sempre falo como o Pittsburgh Steelers é uma franquia das mais estáveis e que até falta ambição em buscar algo maior, um senso de urgência. Nesse ano, a coisa foi diferente: Kenny Pickett foi deixado de lado e Mike Tomlin buscou de uma só vez Russell Wilson e Justin Fields. Apostas arriscadas? Sim, mas que foram baratas e podem dar certo. Dentro do que a franquia podia fazer, foram boas para se tentar algo novo.

Kirk Cousins no Atlanta Falcons também é isso: saem quarterbacks de sete vitórias e se arrisca num veterano consolidado, mas que ainda aspira a verdadeira glória na NFL. Limbo, não mais!

A correção do mercado aconteceu

Jogadores de miolo da linha ofensiva receberam um bom valor, bem acima do projetado, nessa primeira janela do mercado. Podemos até questionar a qualidade dos jogadores que receberam esses contratos – acho US$ 100 milhões para Robert Hunt um exagero, por exemplo -, mas era evidente que com o aumento do cap em algum momento esses jogadores seriam mais valorizados. Isso pode inclusive impactar no Draft: se você não quiser pagar reposição de algum free agent, precisa selecionar no recrutamento e isso pode elevar o stock dos atletas da função.

A classe de running backs do Draft é fraca

Vários corredores veteranos receberam um bom contrato – para eles -, algo que não vinha acontecendo nos últimos anos. Saquon Barkley, por exemplo, recebeu um vínculo de 3 anos e US$ 37 milhões do Philadelphia Eagles, algo inimaginável em 2023. O motivo? A classe do Draft é fraca. Ninguém vai para o mercado sem olhar a abundância ou escassez do recrutamento. Nessa classe você tem Trey Benson, Jonathon Brooks e mais um jogador ao seu gosto. Ninguém é cotado para primeira rodada, nem perto disso. Sorte de Saquon e seus amigos.

New England é o fiel da balança

Jacoby Brissett foi a contratação do New England Patriots para a posição de quarterback, após se livrar de Mac Jones. E aí fica a dúvida: o que irão fazer na escolha 3? New England pode selecionar um quarterback, mas também entender que é um ano de transição, onde Brissett se encaixa perfeitamente, e trocar essa escolha para baixo. Especulações em torno de Minnesota Vikings e Denver Broncos subindo crescem e a escolha 3 seria o alvo. No fim, são os Patriots que vão ditar o ritmo no dia 25 de abril.

Rei morto, rei posto (?)

Nessa altura do campeonato, todo mundo já sabe que Aaron Donald se aposentou. Aproveito o gancho para deixar minha ode ao maior defensor do século, um cara que revolucionou sua posição. Contudo, olhando em termos práticos, o Los Angeles Rams precisa repor sua saída. Claro que é improvável que algum jogador atinja sua maestria, mas não se espante se a franquia de Sean McVay selecionar Byron Murphy ou Jer’Zhan Newton na pick 19: os dois tem características parecidas com as do camisa 99.

Para saber mais:
Aaron Donald: O craque que tivemos sorte de ver
5 melhores contratos da free agency 2024
Podcast ProFootball +: Os desdobramentos da free agency no Draft

 

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