Para a surpresa de absolutamente ninguém, Justin Jefferson é agora o wide receiver mais bem pago da NFL. Após meses de especulação acerca do futuro do jogador, ele assinou uma extensão contratual de quatro anos avaliada em 140 milhões de dólares, dentre os quais 89 são garantidos diretamente na assinatura do contrato.
Esse é um contrato bastante direto para os dois lados e que dá a tônica de um mercado que se renovou bastante nessa intertemporada. Jefferson assume a liderança, leva muito dinheiro e confirma sua condição de melhor da NFL. Só que esse contrato pode até ter saído barato para o Minnesota Vikings.
Merecimento é indiscutível…
Justin Jefferson é hoje o jogador mais bem pago da NFL se não contarmos a posição de quarterback, um posto que é totalmente válido baseado na sua qualidade e na sua produção em quatro anos de NFL. Mais do que o resultado de um mercado de recebedores que pegou (e continua pegando) fogo na atual intertemporada, é a prova da dominância absoluta imprimida por Jefferson, que não foi nem mesmo uma escolha de top 20 do Draft.
Jefferson é um wide receiver absolutamente completo. Ele faz tudo em altíssimo nível: sua velocidade lhe permite ser uma arma em todos os setores do campo, ele tem um excelente release, pode alinhar de todas as formas e não tem problema algum em fazer quebras nas suas rotas – o que talvez seja sua principal qualidade, dado que é um mestre em criar separação em quebras e cortes. Embora não seja particularmente forte como protótipos do tipo de A. J. Brown e Julio Jones, ele raramente precisa disputar bolas 50/50, tamanha sua qualidade em criar separação nas rotas – e quando o faz, costuma levar vantagem.
A quantidade de possibilidades que ele abre ao ataque de Kevin O’Connell é gigantesca e vai muito além de sua produção individual. Nas quatro temporadas em que esteve na liga, Jefferson atingiu pelo menos 1.000 jardas recebidas em todas elas. Esse feito é notável, já que, em 2023, ele perdeu parte considerável da temporada com lesões, acumulando ainda 1.074 jardas em 10 partidas disputadas.
…Mas a parte financeira é que é interessante
Mais do que um simples reset de mercado, o acordo de Jefferson é interessante pelo panorama das renovações pendentes de CeeDee Lamb e Brandon Aiyuk – não vão exigir 35 milhões de dólares, porém menos que 30 por ano é quase impossível de se imaginar nesse ponto. Dallas Cowboys e San Francisco 49ers sabem que vão entrar em um período de negociações ainda mais tensas se quiserem manter seus jogadores.
Um contexto importante para o contrato de Jefferson, claro, é que o time tem um quarterback num contrato de calouro para os próximos anos, o que facilita muito a situação da folha salarial. Embora Minnesota nunca fosse deixar Jetta atingir o mercado, ou mesmo entreter a ideia de uma troca para outra equipe, não ter o peso do contrato de Kirk Cousins, por exemplo, torna a situação mais tranquila.
E dá pra falar que Jefferson saiu barato – não apenas por tudo que ele adiciona como jogador. Quando Tyreek Hill assinou seu contrato com o Miami Dolphins em 2022 (120 milhões, 4 anos), a % do salary cap do ano em questão investida no acordo foi inclusive maior que a de Jefferson – 14,41% para Hill contra 13,70% de Jefferson. Se o wide receiver dos Vikings obtivesse a mesma porcentagem, sua média salarial anual no novo acordo seria de 36,8 milhões de dólares.
É o fim de uma novela que não foi bem uma novela, especialmente porque nunca existiram sinais de qualquer um dos lados de que a relação pudesse chegar perto do fim. Justin Jefferson caiu no colo do Minnesota Vikings no Draft de 2020 e o time sabe muito bem a preciosidade que tem no elenco.
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