Todo ano, a NFL é palco de movimentações estratégicas que, à primeira vista, passam despercebidas. No entanto, esses movimentos subestimados muitas vezes se revelam cruciais ao longo da temporada. Trocas aparentemente modestas, contratações discretas e jogadores promovidos a partir de elencos de treino podem transformar o destino de uma equipe.
Seja pela química inesperada entre novos companheiros ou pela emergência de talentos ocultos, essas mudanças silenciosas acabam desempenhando papéis decisivos nos momentos mais críticos. A cada temporada, são esses ajustes e escolhas sutis que frequentemente se tornam o diferencial entre um time mediano e um verdadeiro contender, ressaltando a imprevisibilidade e a complexidade da NFL. Por isso, listamos 5 movimentos subestimados dessa offseason da NFL.
Danielle Hunter no Houston Texans
Imagine que seu time tem o EDGE que acabou de vencer o prêmio de calouro defensivo do ano. Agora, você traz para jogar no lado oposto ao dele um veterano que tem 27 sacks nas duas últimas temporadas e é o quinto da liga desde 2018: como não ficar empolgado? É isso que os Texans fizeram trazendo Danielle Hunter para jogar no lado oposto a Will Anderson. Apesar de não tão badalado quanto outros nomes que nunca produziram o que ele produz, Hunter é daqueles jogadores que você tem certeza que vai te entregar grandes jogadas e bons números. Baita movimento.
Christian Wilkins no Las Vegas Raiders
É bizarro como Maxx Crosby conseguiu produzir pressão nos Raiders mesmo não tendo quase nada de ajuda. Em 2023, ele teve o dobro de pressões que o segundo nome do time e nenhum jogador do miolo da DL teve sequer 30 pressões. Porém, agora as coisas tendem a ser diferentes: Christian Wilkins vem de sua melhor temporada no Miami Dolphins como pass rusher, chegando a marca de 9 sacks. Se as dobras em Crosby continuarem, os números de Wilkins devem seguir altos. Já se a ajuda vier no meio, é Crosby quem sobra no 1×1. Bom para os Raiders de qualquer forma.
Keenan Allen no Chicago Bears
Tudo que um quarterback jovem precisa é um excelente route runner, com mãos seguras e capacidade de aparecer livre rápido: ninguém se encaixa melhor nessa descrição que Keenan Allen. O veterano deixou o Los Angeles Chargers e agora fará companhia a Caleb Williams, algo que deve ajudar bastante no desenvolvimento do calouro. Inteligente, Allen também é rápido se ajustando, algo fundamental quando a joga quebra ou o QB sai do pocket: com certeza Caleb ficará muito feliz quando estiver escapando da pressão e vendo Keenan livre nas costas do defensor.
Laiatu Latu no Indianapolis Colts
Os Colts tem um bom time, mas em alguns momentos, sinto falta de um jogador especial, daqueles capazes de fazer um splash. Laiatu Latu pode se tornar esse cara na defesa, que carece de maior consistência na ponta da linha defensiva. Melhor pass rusher puro de sua classe no Draft, ele tem inúmeros movimentos e chega pronto para impactar. Me arrisco a dizer que se não fossem os problemas de saúde nos primeiros anos universitários, Latu teria sido uma escolha top-10. Se ficar saudável, potencial para brigar pelo calouro defensivo do ano.
Tyler Nubin no New York Giants
Como visto na série Hard Knocks, os Giants queriam um Kool Aid-McKinstry ou Kamari Lassiter na segunda rodada do Draft. Não conseguiram, mas se deram bem mesmo assim: Tyler Nubin é o melhor safety da classe. Jogador com capacidade de cobrir bons espaços, é inteligente e muito seguro. Digo mais: seu teto é maior que o de Xavier McKinney, que deixou o time nesse ano rumo ao Green Bay Packers. Baita acerto de Joe Schoen.
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