EA College Football 25: Uma review honesta sobre o novo jogo de futebol americano

A EA Sports voltou a produzir o jogo sobre futebol americano universitário após uma década. Há pontos a melhorar, mas as impressões iniciais são muito positivas

No último dia 19 de julho, o fã de futebol americano pôde matar uma das maiores saudades de quem é fã do esporte: a EA Sports lançou o EA College Football 25, retomando pela primeira vez em mais de uma década a franquia universitária que serviu de base para seu antigo lançamento entre 1993 e 2013.

O anúncio aconteceu há muito tempo, de modo que a expectativa pela volta de um jogo que abordasse a liga universitária seria altíssima. Pessoalmente falando, sempre fui muito mais fã da antiga franquia NCAA do que da franquia Madden, embora adore jogar ambas; assim, sabendo que escreveria um review sobre o jogo, gastei muitas horas nos últimos dias tentando experimentar todos os aspectos possíveis – e julgar de forma honesta, ainda que não seja especialista em reviews de jogos.

O “pior dos cenários”, na minha visão, seria jogar uma versão do Madden com uma roupagem do College Football, o que me deixaria enjoado com facilidade. Felizmente, a experiência foi muito mais parecida com a antiga franquia NCAA: ainda existe espaço para melhora, mas a diversão é garantida.

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A primeira coisa a se comentar é justamente sobre o que causou o hiato do jogo durante tanto tempo. Com a introdução das NILs no futebol americano universitário, os jogadores reais estão criados no EA College Football: Quinn Ewers, Jalen Milroe, Carson Beck, Shedeur Sanders… todos esses nomes que passam pela tela do fã de NFL por conta de Draft agora são controláveis pelo usuário.

Isso já causa uma experiência um pouco diferente. Um fato (totalmente?) desconhecido sobre mim é que gosto muito do programa de New Mexico State, justamente por uma carreira épica ainda no NCAA 12 quando virava horas jogando quando criança. Controlar o time rumo ao título da Conference USA é algo que só alguém envolvido no jogo se interessaria, mas é por isso que existem os grandes jogos de videogame. A sensação de nostalgia que causou foi muito boa.

Mas eu sabia que a análise tinha de ser verdadeira, e a cada hora que jogava, percebia que a experiência vinha sendo realmente muito boa. Isso porque os gráficos do jogo são realmente fantásticos e a jogabilidade em geral tem sido positiva, especialmente com relação aos cortes e ao acertos nos jogadores que estão correndo com a bola. Os playbooks também não são apenas uma cópia do Madden: parecem muito melhores adaptados a cada estilo universitário do jogo.

Em termos geral, o que me incomodou foram alguns glitches relacionados ao jogo e que, sinceramente, me decepcionaram um pouco por jogar Madden também com frequência. São coisas que podem ser facilmente resolvidas pela desenvolvedora, porém, é justo ficar um pouco chateado por conta do tempo que a EA Sports teve em fazer um jogo novo. Afinal de contas, não é como se a franquia tivesse sido anual.

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Não sou especialista em reviews de games, como acho que, nesse ponto do texto, já está bem claro para as pessoas que consomem esse tipo de conteúdo. Ainda assim, sou um consumidor ávido de tudo que envolve futebol americano, especialmente com relação aos jogos. Minha estratégia para esse review foi a seguinte: ao invés de explorar todas as coisas sem prestar muita atenção, seria melhor gastar algumas horas com modos específicos para pegar uma impressão mais fiel e honesta.

E a experiência gerada no usuário merece ser reforçada aqui. As diferentes introduções com as tradições de cada faculdade são um toque maravilhoso. Impressiona a variedade: com mais de 100 faculdades com programas na FBS, cada uma delas é muito bem representada graficamente e com as experiências próprias que colorem o futebol americano universitário.

Acho que falar sobre minha experiência como jogador no Road To Glory não interessa ao leitor, mas sim saber mais sobre a ambientação do modo. O arco de “evolução” em relação a seu prestígio dentro da carreira é, na minha visão, muito bem-montado. As estrelas como recruta fazem muita diferença na sua jogabilidade e no seu desenvolvimento; inclusive, não poder chamar as jogadas no seu primeiro ano como quarterback é algo que me surpreendeu positivamente.

Achei os mini-games um pouco chatinhos. Acho que foi coisa minha. Não é um problema do jogo.

O meu queridinho sempre foi e sempre vai ser o Modo Dynasty. Ele não decepcionou e trouxe muitas das coisas que me encantavam há mais de uma década (embora eu ainda ache que a EA Sports tinha um processo de recrutamento de jogadores melhor nesse jogo antes da mudança nas edições finais). Desde a criação de sua tabela até a organização do depth chart e o arco de sua carreira, tudo me parece positivo.

Uma funcionalidade do jogo que, ao que tudo indica, não será possível de replicar na versão atual é a cópia da sua classe de Draft no EA College para o Madden por questões de NIL. Aliás, o NIL é uma parte importante de citar porque, embora a EA Sports tenha os ‘direitos’, ainda é um fator novo no que explorar e como explorar. É um caminho a ser estudado para os próximos anos.

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Meu grande medo com o EA College Football 25 era de estar jogando Madden – e como estou feliz de estar enganado. Salvo pelos glitches, me parece um jogo muito bem montado e que valeu a pena a espera, especialmente porque a sensação de nostalgia que me gerou foi mais do que justificada.

Um ponto importante para essa review é de que não era minha obrigação analisar o jogo como um profissional de games – e, francamente, eu não seria nem um pouco capaz de fazer isso. Minhas opiniões sobre o EA College Football 25 são fruto da experiência antiga e de horas jogando o jogo novo.

Deixo uma forte recomendação de compra do jogo aos interessados. A experiência é imersiva, os gráficos são ótimos, o jogo é muito bem-feito. Não é perfeito: se tivesse de dar uma nota, seria algo como um 9, justamente pelos glitches e por não ser grande fã do recrutamento atual do modo Dynasty. Ainda assim, vale muito a pena o investimento, na minha visão leiga: me diverti muito jogando e é o que importa.

O EA College Football 25 está disponível nas plataformas PlayStation 5 (a qual joguei) e Xbox Series X/S.

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