3 pontos que explicam o início ruim do 49ers

San Francisco está com a luz amarela liga e tem confronto divisional decisivo contra os Seahawks nesta quinta. É a hora de mudar a rota da temporada (com urgência).

49ers

Não existe esporte mais imprevisível. A cada semana, a NFL nos entrega novas narrativas que seriam intragáveis antes do início da temporada. Se eu te disse no meio de agosto que o San Francisco 49ers adentraria a semana cinco com campanha na negativa, avassalado por lesões e diante de um confronto divisional decisivo para as aspirações futuras, você me diria que eu estava exagerando. Pois bem, é o que acontece.

O Thursday Night Football desta semana é importante para as duas equipes, mas especialmente decisivo para uma delas. Os 49ers não podem mais brincar com a sorte. A luz amarela está acesa e uma derrota deixaria a equipe com campanha 2-4 e 0-3 dentro da própria divisão. Problema duplo e que deixaria a equipe em situação complicada pensando na pós-temporada.

A ressaca da derrota no Super Bowl parece não ter passado, mas chegou a hora de parar de olhar para o passado; caso contrário, esse time será uma grande decepção. Mas, como chegamos até aqui?

1. Eficiência na red zone 

Mesmo com os problemas de lesão e performance, o ataque de San Francisco continua se mostrando capaz de avançar bem o campo. É incapaz, contudo, de concluir suas campanhas com a pontuação mais importante. A franquia tem o quarto pior aproveitamento de touchdowns na red zone em 2024, com pouco mais de 40%. No último ano, esse aproveitamento foi de 68% – o melhor da liga. É uma mudança brusca que interfere diretamente na capacidade do time em finalizar seus jogos. Os 49ers golpeiam seu oponente, mas não chegam ao nocaute e ficam à mercê da pontuação dos juízes. Aqui o fardo sobre Kyle Shanahan é enorme e isso nos leva ao nosso segundo ponto.

2. O esquema é importante – mas os jogadores também 

A performance de Jordan Mason nas duas primeiras semanas da temporada anestesiou San Francisco no tocante à ausência de Christian McCaffrey. Seu bom aproveitamento correndo com a bola evidenciou o quão importante um bom esquema é para elevar o talento mesmo do melhor jogador. Mas o inverso da frase também é válido. 

Mason é um excelente suplente, no entanto, ele não é McCaffrey. E isso é importante para entendermos a baixa eficiência de San Francisco na temporada. Shanahan não está sabendo se aproveitar de seus melhores jogadores, mesmo diante dos desfalques; a insistência em manter a mesma fórmula explica muito da inércia da equipe até aqui.

Correr com Mason na endzone não está gerando o resultado esperado. Foi impactante, inclusive, na derrota para o Arizona Cardinals no último domingo. A resposta esperada, usar George Kittle ou ativar Brandon Aiyuk que estava pegando fogo, não foi feita. Deebo Samuel mal vê a cor da bola e tem temporada insonsa. Kyle de novo parece querer demonstrar que o esquema precisa permanecer acima de tudo – e ele é, realmente, fundamental. Só que será necessário equilibrar a balança, principalmente com a ausência do principal jogador de seu ataque, sabendo se aproveitar das fortalezas que ainda tem.

3. Mudar demais atrapalha

Em três temporadas, três coordenadores defensivos diferentes. Mudar demais não traz o resultado esperado. Colocar Nick Sorensen no lugar de Steve Wilks foi uma decisão ruim ou injustificável? De forma alguma. No entanto, as respostas dentro de campo vem atrapalhando San Francisco neste início de ano.

A defesa dos 49ers  não é ruim – há nela um candidato a defensor do ano, inclusive -, mas não mais decide jogos como outrora. San Francisco cede alta média de jardas pelo chão e pelo ar, e, mesmo conseguindo pressionar o quarterback adversário, cedeu média superior a 23 pontos por jogo se excluirmos a partida contra o New England Patriots (por motivos óbvios).

O ataque do Seattle Seahawks vem sendo um dos mais explosivos da NFL, principalmente com Geno Smith passando a bola. É um confronto decisivo para a unidade mostrar que pode ter grande impacto nas partidas, como estávamos acostumados a ver. Não adianta Fred Warner jogar no mais alto nível se seus companheiros, principalmente de secundária, não o auxiliarem.

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