Cinco vitórias nos últimos seis jogos e ótimas chances de chegar aos playoffs. O Los Angeles Chargers parece estar bastante adiantado no seu processo de mudança de cultura sob o comando de Jim Harbaugh, que liderou um processo parecido em 2011 com o San Francisco 49ers e já colhe os sucessos nesse momento.
Num jogo com toda a cara de repetir o velho enredo de entregadas e decepções dos Chargers sob o comando de comissões técnicas passadas, o time até sofreu um apagão no segundo tempo, mas soube se recompor mentalmente e buscou a vitória na campanha final. Não é exagero dizer que, em outros carnavais, a equipe não encontraria o gás final que teve frente ao Cincinnati Bengals e sairia derrotado de campo.
A mudança de cultura é evidente
Ficar no Twitter durante os jogos de primetime da NFL é algo que tenho evitado cada vez mais, mas vez ou outra rola uma olhadinha pequena. O termo Chargering foi bastante presente na timeline durante os 21 pontos consecutivos que os Chargers sofreram: a defesa, a melhor da liga em termos de pontos cedidos, não tinha resposta para Joe Burrow & Amigos, enquanto o ataque entrou em pane geral com dois punts e um fumble.
A mentalidade importa. Nos times de Mike McCoy, Anthony Lynn e Brandon Staley, dá pra pensar num bom número de erros e entregadas do time, que acabou por virar um forte meme junto do Atlanta Falcons. Parecia um roteiro bem comum e clichê: Herbert e os Chargers abrem grande vantagem no primeiro tempo, pane após o intervalo e uma virada furiosa. Burrow não se intimidou contra a ótima unidade de Jesse Minter, passando para 356 jardas e 3 touchdowns, e Cincinnati teve chances de virar o placar.
A questão é que… bem, Justin Herbert está jogando muito futebol americano. Não que ele seja isento de culpa pelo time ter perdido a larga vantagem no placar, no entanto, a boa campanha do time não mascara a falta de talento e profundidade no grupo de wide receivers do time, que não facilitam a vida. Na campanha da vitória, Herbert encontrou duas belíssimas conexões com Ladd McConkey, recebedor calouro que teve sua segunda exibição com pelo menos 100 jardas recebidas. Se os Bengals não fecharam o jogo, os Chargers de Jim Harbaugh, uma máquina mais confiável e com melhores bases do que em outros anos, não perderam a oportunidade.
Janeiro é logo ali
A vitória, por si só, é importante. Mas ela também abre bastante terreno para os Chargers na briga pelos playoffs da AFC. Sejamos francos: mesmo que o Kansas City Chiefs tenha perdido sua invencibilidade nessa temporada, a vantagem na divisão é boa (Chiefs 9-1, Chargers 7-3) e eles provavelmente vão ficar com a AFC West. Nada de anormal.
Só que, com o triunfo no Sunday Night Football (e a derrota para o Baltimore Ravens), o time subiu uma posição na conferência e agora ocupa a quinta colocação. Caso tivesse perdido, o 6-5 estaria empatado com o Denver Broncos na sétima colocação e os Bengals estariam apenas um jogo atrás, tendo ainda a vantagem no confronto direto. É um triunfo bastante importante para o respiro do time.
O enredo dos Bengals, também já conhecido, mais uma vez ficou pelas chances perdidas pelo time. Com 4-7 e chances cada vez menores de chegar na pós-temporada, uma cirurgia na comissão técnica se faz cada vez mais necessária, especialmente do lado defensivo da bola: chega de Lou Anarumo.
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