5 lições, divisional: Cuide bem dela

Tem coisas que não mudam: quem cuida da bola, em geral vence na pós-temporada. Basta olhar para esse final de semana do divisional round

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Algumas coisas não mudam

No Divisional Round, os turnovers foram o fator decisivo. Os quatro times derrotados cometeram 10 turnovers combinados, enquanto os vencedores não tiveram nenhum. Essa diferença pesou diretamente nos resultados.

Intercepções e fumbles custaram caro, interrompendo campanhas promissoras e dando ao adversário mais chances de pontuar. Nos playoffs, onde cada jogada importa, esses erros foram fatais. O Baltimore Ravens, por exemplo, estava na porta da red zone adversária, quando Lamar Jackson soltou a carne. Kyren Williams e Matthew Stafford entregaram o momento dos Rams com fumbles e Jared Goff lançou até pick-six.

Por outro lado, os vencedores jogaram com disciplina, evitando riscos desnecessários e protegendo a bola. Isso permitiu que controlassem o ritmo dos jogos e impedissem reviravoltas.

A lição foi clara: quem cuida da bola, avança. Nos playoffs, um único erro pode significar o fim da temporada – e esse fim de semana provou isso mais uma vez.

Janeiro chegou, ele aparece

Quando chega janeiro, Travis Kelce se transforma. O tight end do Kansas City Chiefs tem um histórico impressionante nos playoffs, e contra o Houston Texans, ele mostrou isso mais uma vez: 117 jardas e um touchdown em mais uma grande atuação.

Com esse desempenho, Kelce quebrou o recorde de mais jogos com 100 jardas na história dos playoffs (9), consolidando seu nome entre os maiores da pós-temporada. Além disso, ele está agora a apenas dois touchdowns de igualar o recorde de mais TDs recebidos nos playoffs, um feito que pode alcançar ainda nesta campanha.

Ano após ano, Kelce prova que quando os playoffs chegam, ele cresce. Seja pela sua química com Patrick Mahomes ou pelo talento absurdo, ele se mantém como um dos maiores recebedores da história da NFL em jogos decisivos

Fisicalidade importa

Em um jogo sob neve, a fisicalidade faz toda a diferença – e os Philadelphia Eagles provaram isso contra os Los Angeles Rams. Com um domínio total nas trincheiras, a equipe impôs seu estilo físico e garantiu a vitória.

No ataque, Saquon Barkley brilhou, somando mais de 200 jardas terrestres, explorando os bloqueios dominantes da linha ofensiva, que controlou o primeiro e segundo nível da defesa dos Rams. Esse domínio permitiu que Philadelphia ditasse o ritmo da partida.

Na defesa, a intensidade foi ainda maior. Com 10 tackles para perda de jardas, os Eagles sufocaram o jogo terrestre adversário e pressionaram constantemente o backfield, forçando os Rams a jogarem sob pressão o tempo todo.

No fim, o jogo na neve mostrou o que já se sabe: em condições difíceis, fisicalidade vence jogos, e os Eagles mostraram que sabem usar isso a seu favor.

Só um número importa

Os números de Josh Allen contra os Ravens podem não ter sido impressionantes – 126 jardas aéreas e mais 20 corridas (com dois TDs terrestres), mas isso pouco importa. Nos playoffs, o que realmente vale é entregar o que o time precisa – e foi exatamente isso que ele fez.

Allen liderou com segurança, cuidou da bola e apareceu nos momentos decisivos. Seja convertendo terceiras descidas cruciais ou usando as pernas para manter campanhas vivas, ele fez o necessário para colocar os Bills em posição de vencer.

No fim, o número que mais importa é o placar – e Allen ajudou a construí-lo a favor de Buffalo. Mais uma vez, ele provou que nos playoffs não se trata apenas de estatísticas, mas sim de liderança e execução sob pressão.

Não é para atear fogo em ninguém

Escrevi o seguinte em meu Instagram: “Dan Campbell perdeu uma final de conferência que vencia por 24-7 e um divisional que era favorito por 9 contra um QB calouro em casa. Será que se ele não fosse essa figura cativante, não seria mais criticado? Pra mim, sim”.

O texto está claro: estou falando sobre tratamento. Como se Dan fosse alguém menos simpático, os “mas” sumiriam rapidamente do contexto. Em nenhum momento disse que Campbell deve ser demitido ou o único culpado. Novamente: é sobre forma de tratar e não sobre culpa. Mais interpretação, por favor.

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