3 heróis improváveis que podem decidir o Super Bowl para os Eagles

Selecionamos três jogadores para além das "estrelas" que podem ser cruciais para Philadelphia vencer a grande final.

Um jogo que testa sua fibra moral. Atuar em um Super Bowl é um sentimento fantástico, todavia, que exige muito da parte mental de cada atleta. Um simples lance pode o tornar herói ou vilão, marcando sua vida para sempre. O Philadelphia Eagles sabe bem como é isso: no título de 2017, Nick Foles, de carreira comum, marcou seu nome na história. Há dois anos, contra o mesmo Kansas City Chiefs, erros individuais levaram à derrota na grande final.

No próximo domingo, novas narrativas serão escritas – para o bem e para o mal. Todos sabem os nomes de Philadelphia que muito tem a entregar: Jalen Hurts, A. J. Brown, Saquon Barkley, Jalen Carter; no entanto, não podemos nos esquecer dos candidatos a heróis improváveis. Aqueles nomes que não são os mais badalados na mídia nos dias anteriores ao confronto, mas que tem talento para decidir o grande jogo em um lance.

1. Nolan Smith, EDGE 

Escolha de final de primeira rodada do Draft de 2023, Smith sempre foi um jogador de muito potencial e que poderia crescer muito ao lado de uma das mais agressivas linhas defensivas da liga. Se na temporada regular isso ainda não foi visto em maior escala, nos playoffs Nolan vem mostrando uma versão de elite e que será essencial no domingo.

Nas três partidas de pós-temporada deste ano, já são quatro sacks. Ele não passou nenhum jogo em branco e é o segundo jogador dos playoffs com maior número de pressões (15), atrás apenas de…, Jalen Carter. Seu entrosamento com seu ex-parceiro de Georgia, inclusive, é um dos grandes motivos pelos quais essa linha defensiva vem sendo tão fundamental nos jogos decisivos.

Para vencer Patrick Mahomes na batalha decisiva, é essencial fazê-lo segurar a bola e gerar pressão. Se Smith mantiver o nível de exibição recente, pode ser um dos “menos favorecidos” que gravará seu nome na história – tal qual Brandon Graham no Super Bowl LII.

Gráfico Pressão Mahomes

Fonte: The Athletic

2. Dallas Goedert, TE 

Contra uma defesa que possui cornerbacks de elite e que jogam colados nos wide receivers, é preciso encontrar alternativas rápidas por novos espaços. Se Jalen Hurts “travar” em A. J. Brown e Devonta Smith, Trent McDuffie e Jaylen Watson conseguirão reduzir a eficiência do quarterback, pois são especialistas em grudar nos recebedores adversários para limitar o espaço.

A escapatório de Hurts, portanto, precisa ser o bom usufruto de seu talentoso tight end. Goedert é excelente produzindo após a recepção e isso é essencial contra uma equipe que mandará muitas blitzes ao longo do confronto. Hurts precisa de válvulas de escape que consigam ganhar jardas em campo aberto e Dallas pode entregar isso no domingo.

Nos playoffs, até aqui, Goedert tem 128 jardas após a recepção, liderando o quesito. Uma das fraquezas da defesa de Kansas City está, justamente, na sua capacidade de cobrir os tight ends adversários. Se Hurts identificar as pressões e atingir Dallas no tempo certo, obterá grandes ganhos ofensivos.

3. Quinyon Mitchell, CB 

De forma não tão reconhecida como deveria, Mitchell fez uma grande temporada de estreia. O cornerback calouro anulou qualquer que fosse o recebedor adversário ao longo de todo ano, cedendo poucos ganhos e apenas dois touchdowns, os quais vieram nas duas últimas semanas da temporada regular.

Nos playoffs, onde o nível dos oponentes cresce, ele igualmente se elevou. As interceptações que não aconteceram na temporada regular, foram concretizadas nos momentos mais importantes – contra Green Bay Packers e Washington Commanders, ambas selando as vitórias. Quinyon cedeu menos de 40% de passes completos em sua direção para míseras 24 jardas na pós-temporada; são números impecáveis.

Em uma partida decidida nos mínimos detalhes, ele é capaz de inverter o momento do jogo. Há dois anos, inclusive, o Super Bowl foi decidido por um cornerback de Philadelphia, mas negativamente. O holding defensivo marcado sobre James Bradberry colocaria o título na mãos dos Chiefs naquele confronto.

Mitchell tem a oportunidade de limitar os alvos de Mahomes ao longo do confronto, além de ser capaz de criar turnovers e não cometer faltas bobas nos momentos cruciais.

 

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