EA Sports paga 60 milhões de dólares a atletas em acordo por processo coletivo – ação interrompeu games “NCAA Football”

Jogadores de College Football e de College Basketball, na teoria, acabaram de ganhar na loteria. Na prática, estão sendo compensados por uso de sua imagem – mesmo que não parecesse – durante anos nos games da EA Sports. A subsidiária da Eletronic Arts tinha os direitos exclusivos da série NCAA Football e NCAA Basketball, nos quais jogadores universitários apareciam com a aparência exata – embora nomes trocados ou numeração utilizada no lugar.

Por exemplo: ao invés de Andrew Luck, o game NCAA Football 12 tinha um quarterback ultimanista de Stanford usando a camisa 12 e com a mesma aparência e medidas de Luck – 1,93m e 109 quilos. Era Luck? Na teoria não, como dissemos acima, mas na prática obviamente se tratava dele. Quem jogava o game facilmente teria Andrew Luck nele mudando seu nome, como na foto acima (ou mesmo baixando elencos que eram produzidos pela comunidade).

De acordo com a ESPN americana, 24.819 jogadores universitários (do período de 2003 a 2014) são elegíveis para receber uma parcela do acordo que a EA Sports fez para encerrar o processo. A compensação, de toda forma, será em função do jogo em que o jogador esteve “presente”. Quanto mais recente a versão, mais o jogador terá direito a receber – pelo fato dos games estarem com gráficos melhores e, em tese, mais parecidos com a realidade.

Acordo deve dificultar produção de games com temática de College no futuro

Os líderes de classe no processo foram Ed O’Bannon, ex-jogador de UCLA no basquete, Ryan Hart, ex-quarterback de Rutgers e Sam Keller, que foi quarterback por Nebraska e Arizona State. Os três receberão 15 mil dólares. Outros 22 jogadores receberão em média 5 mil dólares por serem também representantes de classe nessa ação coletiva.

A ação original foi ajuizada por O’Bannon há cerca de três anos, pedindo para que os atletas universitários fossem compensados pelo uso de suas imagens. Graças a essa ação, a EA Sports interrompeu a produção dos jogos com temática universitária em julho de 2013. Após o acordo de 60 milhões de dólares, é bem difícil que se aventure na empreitada novamente.

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A última vez que times universitários apareceram num jogo foi através da principal rival da EA Sports, a 2K. No game NBA 2k16 é possível jogar com algumas equipes – notoriamente Wisconsin, Michigan e outras. Mas em nenhuma delas existe qualquer semelhança dos jogadores com aqueles que estiveram presentes no elenco de 2015 – como o pivô Frank Kaminsky, de Wisconsin.

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