Fundador da WWE e seu cacique-maior, Vince McMahon anunciou os detalhes em coletiva de imprensa nesta quinta-feira. A liga novamente será chamada de XFL, tal como a primeira criada por McMahon em conjunto com a NBC, emissora de TV que em 2001 era a única das quatro grandes dos EUA a não ter contrato com a NFL. Na ocasião, a liga acabou sem deixar muitas saudades: o nível de jogo era fraco, os técnicos tinham mentalidade jurássica numa NFL cada vez mais focada no jogo aéreo e, acima de tudo, tudo foi apressado demais.
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A nova versão, porém, será diferente da liga original. Em 2001, McMahon incorporou vários conceitos do pro-wrestling ao futebol americano – jogadores falastrões e closes ginecológicos em cheerleaders, só para citar alguns exemplos. Quando a liga voltar em 2020, a ideia é que ela seja mais…. Bem, mais família. A XFL não permitirá a presença de nenhum jogador com histórico criminal – e isso inclui direção embriagada, o que automaticamente elimina a chance de Johnny Manziel ter uma chance na nova empreitada. “Estamos avaliando os jogadores de diversas formas, incluindo sobre o tipo de ser humano que eles são. Se você tem algum histórico criminal ou cometeu um crime, você não vai jogar nessa liga”, disse McMahon.
Além disso, à luz da polêmica de jogadores da NFL não estando de pé para o hino nacional americano, a liga terá como requisito que todos seus jogadores estejam perfilados na execução do hino. “Essas são as regras, se você quer jogar num estádio conosco, você as seguirá”, falou McMahon. Isso, então, automaticamente exclui Colin Kaepernick.

Nova liga deve começar a jogar em janeiro de 2020
Como dito, um dos maiores problemas da XFL original foi o fato de que Vince e a NBC acabaram apressando tudo. Na pressa, os times não puderam se preparar, se entrosar e etc. O resultado? Jogos horríveis.
A impressão que se passa é que McMahon quer atingir tudo o que a NFL vem tendo problemas em lidar. Nada mais natural: foi assim que a AFL se tornou bem-sucedida nos anos 1960. Ele, porém, nega. “O início desta [nova] liga não tem nada a ver com os problemas da NFL. O que acontece lá é problema deles”, comentou. A NFL se recusou a dar declarações sobre sua nova-velha rival.
Além da questão do hino e das polêmicas de arbitragem, a XFL pretende focar nos Millennials – pessoas nascidas entre 1975 e 1995 – que cada vez mais querem entretenimento que não passe das duas horas de duração (não me incluo nessa, mas é a tendência). A ideia é que os jogos tenham no máximo duas horas de duração. “Não acho que as pessoas querem ver a mesma coisa pelo streaming [em relação ao que veem na tv], é chato. Acho que eles [os fãs] querem ver algo diferente, mais imersivo e interativo”, falou. Com todas as grandes redes de TV tendo contrato com a NFL (a ABC faz parte do Grupo Disney e passa jogos através da emissora-irmã, que você deve conhecer como ESPN), McMahon deve buscar espaço em serviços de streaming e parceiros digitais.
Nos próximos meses, McMahon e a XFL – que não terá ligação direta com a WWE desta vez – anunciarão os oito times e seus nomes. Serão elencos com 40 jogadores e dez semanas de temporada, começando em janeiro – o foco não é competir diretamente com a NFL, portanto, dado que janeiro é o período no qual a temporada acaba na NFL. McMahon negou que a liga seja uma “Série B” da liga mais velha. “uma coisa posso dizer: não seremos uma liga de desenvolvimento para a NFL”.
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