Falar sobre as super contratações é relativamente fácil, mas não são só elas que levam aos playoffs e título de Super Bowl. Movimentações menores podem salvar a temporada de um time. Jogadores que chegam para suprir necessidades podem fazer uma grande diferença mesmo sem serem superestrelas, tornando a missão mais fácil ao longo do caminho.
Listamos cinco movimentações subestimadas dessa offseason, entre picks de draft e free agents veteranos. São aquelas que terão grande importância para seus respectivos times, ainda que não tenham ganho assim tanta atenção na época em que rolaram. Confira:
Titans assinando com Kevin Zeitler
Uma das missões mais óbvias quando se tem um quarterback jovem no time é montar um bom ataque ao seu redor. Os Titans adicionaram boas peças desde o ano de 2023; ainda que o projeto Will Levis não tenha dado certo, essas peças continuam por lá com Cam Ward chegando como novo líder do time. Protegê-lo é essencial.
Junto de Peter Skoronski e JC Latham, escolhas de primeira rodada em 2025, os Titans também fizeram barulho ao pagar caro por Dan Moore na free agency. Mas a adição que pode ser essencial pra esse grupo é Zeitler: ele foi um dos melhores guards da liga na temporada passada, chegou por um preço barato e será um upgrade considerável como right guard para os Titans. Muito seguro no pass pro, vale lembrar que nada é pior para um quarterback do que sofrer pressão pelo interior da linha.
Buccaneers reforçando o pass rush com Haason Reddick
Reddick perdeu muito calibre na liga no ano passado depois de seu problema contratual (uma situação bizarra, claro) com o New York Jets, o que lhe rendeu apenas um sack no ano e uma saída rápida de New York. No entanto, ele continuou aterrorizando quarterbacks adversários: sua % de pressão foi de 13,5%, parecida com seus tempos de Philadelphia Eagles, onde se tornou uma estrela na liga.
Os Buccaneers foram muito bem ofensivamente em 2024, porém faltou mais da defesa, especialmente de um pass rusher puro: o líder de sacks foi Calijah Kancey, com 7.5, e o melhor EDGE acabou por ser YaYa Diaby, com 4.5 no ano inteiro. Um Reddick saudável pode superar essas marcas com facilidade e dar um tom mais ameaçador para o time de Tampa Bay, que conseguiu um único sack sobre Jayden Daniels nos playoffs.
Panthers investindo no pass rush
Falando em melhorar o pass rush, que tal os investimentos do Carolina Panthers? Uma boa classe de Draft para a equipe viu os dois lados da bola ganharem importante reforço, mas a dobra nos EDGEs muito me agrada. Não teria sido nenhum absurdo ver Nic Scourton saindo no final da primeira rodada, então pegá-lo com a 51 é muito bom; a dobra com Princely Umanmielen na terceira ajuda também na profundidade.
Patrick Jones chegou via free agency depois do melhor ano de sua carreira com o Minnesota Vikings por um contrato modesto e bem justo. Depois de trocar Brian Burns, de acordo com o Pro Football Reference, os Panthers foram o time com a pior % de pressões no quarterback em 2024 (16.2%). Se a evolução fazer de Carolina um time perto da média, já será uma grande evolução e grande ajuda para Bryce Young. E sem quebrar a banca.
Giants assinando com Paulson Adebo
Os Giants vão causar problema para vários times esse ano. Não porque são favoritos ou porque vão aos playoffs, e sim porque possuem uma defesa recheada. Claro, existem as superestrelas como o supracitado Burns e o excelente Dexter Lawrence, porém é um grupo cheio de bons nomes em todos os setores, especialmente com a chegada de Abdul Carter.
Um desses setores que poderia ser melhorado era o grupo de cornerbacks. Deonte Banks está longe de corresponder as expectativas de um defensor de primeira rodada, e o time foi buscar o subestimadíssimo Paulson Adebo na free agency, já que o New Orleans Saints não tinha dinheiro para mantê-lo. Adebo vem de alguns belos anos em New Orleans: de acordo com o PFF, ele forçou 29 passes incompletos nos últimos dois anos… em apenas 22 jogos!
Vikings torrando recursos no interior da linha ofensiva
Uma das missões mais óbvias quando se tem um quarterback jovem no time é montar um bom ataque ao seu redor [2]. No caso dos Vikings, já com dois bons tackles no elenco, reforçar o interior da linha para tornar a vida de J. J. McCarthy era primordial. E assim o fizeram.
No Indianapolis Colts, foram buscar Ryan Kelly e Will Fries, que podem formar uma bela dupla se a saúde de Kelly não se tornar um problema. No Draft, investiram a escolha de primeira rodada em Donovan Jackson, complementando um grupo que pode se tornar uma fortaleza para o time. No ano passado o interior foi um grande problema nas partes mais importantes do ano; agora é hora de colher frutos do investimento.
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