O início de temporada do Green Bay Packers não poderia ser melhor. A franquia começou com duas vitórias importantes dentro da NFC, venceu um adversário direto pela divisão, e não apenas manteve a invencibilidade como está jogando em nível que lhe coloca no patamar de contender.
Apesar de atuações ofensivamente eficientes, o verdadeiro destaque nas primeiras duas semanas não está com a unidade de Jordan Love. A defesa dos Packers cedeu apenas 31 pontos para dois dos quatro melhores ataques em EPA da última temporada. Tudo isso numa fórmula que mostra ser sustentável e, claro, pode melhorar com mais tempo de Micah Parsons em casa.
Não é mais a defesa soft de sempre
Uma crítica que foi bastante presente nos últimos cinco ou seis anos de Green Bay Packers foi o quanto a defesa era “soft”. Em uma explicação básica, era um tipo de unidade que não se engajava tanto em confrontos mais físicos, enquanto adversários de maior calibre levavam vantagem nesse ponto. Isso ficou muito evidente nos três anos de Joe Barry como coordenador defensivo, e embora tenha melhorado em 2024, ainda haviam indícios na última temporada.
Nos dois primeiros jogos da temporada, não dá pra reclamar da falta de agressividade da defesa. Os cornerbacks não estão apenas engajando em contato: eles buscam. Linebackers tentam furar bloqueios como se suas vidas dependessem disso. É uma mentalidade diferente, mais física, que se projeta como uma grande melhora em momentos mais importantes. O Detroit Lions sofreu bastante com isso na Semana 1 e o mesmo cenário se repetiu na quinta-feira contra o Washington Commanders.
Essa mudança de mentalidade é um ponto importante, o ponto 2 é o trabalho direto de Hafley na montagem esquemática. Os Packers fazem um trabalho sensacional movendo seus fronts, especialmente em segundas e terceiras descidas, e isso foi essencial para criar problemas para Jayden Daniels na última quinta-feira. A secundária no pós-snap é infernal para quarterbacks adversários entenderem o que está acontecendo em questão de um ou dois segundos.
Os números, claro, refletem isso. A média de 15,5 pontos cedidos para Lions e Commanders é das melhores imagináveis. Mudanças a parte, especialmente no rival divisional, são dois ataques talentosos que tiveram dias difíceis enfrentando a defesa de Hafley. E pode melhorar.
Micah Parsons está só aquecendo, mas já domina
Por menor que seja seu tempo de adaptação na nova defesa, Parsons já teve momentos de alta qualidade nos dois jogos. Josh Conerly, em específico, teve um dia duríssimo contra o super pass rusher que os Packers adquiriram, constantemente sofrendo com a explosão do EDGE após o snap e sem conseguir lidar com a variedade de movimentos que Micah apresentou na Semana 2.
Laremy Tunsil, considerado um dos melhores left tackles da NFL, também teve uma noite complicada, embora ele tenha conseguido lidar melhor quando esteve no x1 contra Parsons. Conerly, em contrapartida, constantemente foi ajudado por outros jogadores, seja com chips de running backs ou até com bloqueios duplos vindo de seu right guard. Nada foi suficiente para parar Parsons na quinta-feira.
Depois de tanto cobrarmos um splash de Green Bay, ele veio da melhor maneira possível: com um jogador de calibre altíssimo e de impacto quase instantâneo. Com 10 dias de folga, o próximo confronto é contra o Cleveland Browns, até o esperado retorno de Parsons para a cidade de Dallas na Semana 4. A chance de chegar na folga com uma campanha invicta e liderando a conferência é bem alta.
Um excelente início de temporada para o Green Bay Packers.
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