5 lições: Acredite, dá para sobreviver com Mac Jones

Mesmo longe de ser o futuro da franquia, Mac Jones mostrou que pode segurar as pontas enquanto Brock Purdy se recupera da lesão.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas terças-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Dá para sobreviver sim

Mac Jones deu conta do recado diante dos Saints e manteve o San Francisco 49ers competitivo mesmo sem Brock Purdy. Ninguém em sã consciência acredita que ele seja o futuro da franquia, mas a atuação sólida mostra que é possível se virar com ele por algumas semanas, algo entre três a cinco jogos, até que o titular retorne.

Após um início de carreira promissor, Jones se perdeu em New England por conta de um ambiente desorganizado e sem rumo. Agora, pela primeira vez desde o ano de calouro, ele está inserido em um sistema minimamente estruturado, com treinador competente. Isso muda tudo para um quarterback que não é especial, mas pode ser eficiente.

Os 49ers seguem vivos na temporada. Enquanto Purdy se recupera, Jones tem a chance de provar que pode ser um tampão.

O problema está no chão

Após duas semanas, os números do jogo corrido do Kansas City Chiefs são alarmantes: Kareem Hunt e Isiah Pacheco somam juntos menos de 100 jardas. Contra os Eagles, essa limitação ficou ainda mais evidente, já que o ataque simplesmente não conseguiu estabelecer qualquer presença terrestre. O resultado é um sistema previsível, que coloca todo o peso sobre Patrick Mahomes e facilita a vida das defesas adversárias.

Andy Reid sempre foi um mestre em desenhar ataques criativos, mas até mesmo seus esquemas dependem de equilíbrio. Sem o jogo corrido, as defesas podem se concentrar em pressionar Mahomes e marcar os fracos recebedores, diminuindo a eficácia de um dos ataques que já foram dos mais explosivos da liga.

Corrigir esse problema precisa ser prioridade absoluta. Seja ajustando o plano de jogo, seja cobrando mais da linha ofensiva, Reid precisa encontrar soluções rápidas. Se o jogo terrestre não evoluir, os Chiefs correm o risco de se complicar.

Um gerente é a necessidade

O pesadelo bateu à porta de Cincinnati. Joe Burrow sofreu uma lesão no ligamento do dedão do pé contra os Jaguars e ficará, no mínimo, três meses afastado. A ausência do quarterback muda completamente o horizonte dos Bengals, que agora precisam encarar a temporada sem seu principal jogador.

Jake Browning até conseguiu liderar a virada, mas suas três interceptações deixam claro que ele não é a resposta. O time não precisa de alguém para brilhar como Burrow, mas sim de um quarterback capaz de gerenciar o jogo, proteger a bola e manter o ataque funcional enquanto a defesa segura as pontas.

Nesse cenário, uma solução lógica aparece: pegar o telefone e ligar para Atlanta. Kirk Cousins pode não ser espetacular, mas é experiente, confiável e teria condições de manter os Bengals competitivos. Se Cincinnati quiser salvar o ano, precisa agir rápido — porque sem Burrow, confiar apenas em Browning é receita para desastre.

Saber as limitações é a chave

Daniel Jones parece ter encontrado um ambiente em que finalmente pode ser produtivo. Pela segunda semana consecutiva, jogou bem e foi peça importante na vitória dos Colts sobre os Broncos. O mérito, porém, vai além do quarterback: Shane Steichen mostra que sabe exatamente como trabalhar com as limitações de seu jogador e está construindo um ataque sob medida.

O plano de jogo tem sido claro e eficiente: muitos passes rápidos, apoio consistente do jogo corrido e uma linha ofensiva que oferece a proteção necessária. Essa combinação reduz os erros de Jones e potencializa seus pontos fortes, permitindo que ele conduza a equipe de forma segura.

A AFC South não é uma das divisões mais fortes da liga, e isso abre uma oportunidade real. Se os Colts mantiverem essa fórmula de simplicidade e disciplina, podem sim competir de igual para igual e até sonhar em ir além do que muitos imaginavam no início da temporada.

Confiança é tudo

Derwin James mostrou contra os Raiders porque é um dos defensores mais talentosos da NFL. Foram seis alinhamentos diferentes ao longo da partida, um retrato da sua versatilidade e da capacidade de impactar o jogo em múltiplas funções. Poucos jogadores conseguem transitar entre papéis tão distintos e ainda assim manter o mesmo nível de produção.

Desde a chegada de Jim Harbaugh em 2024, James parece ter reencontrado sua melhor versão. O treinador trouxe organização, identidade e um sistema que valoriza as principais armas do elenco — e Derwin, em especial, se beneficia disso. O resultado é um safety jogando novamente no mais alto nível, como muitos esperavam desde que ele entrou na liga.

Se mantiver essa consistência, James não apenas solidifica a defesa dos Chargers, mas também se recoloca entre os nomes de elite em sua posição. Harbaugh devolveu confiança ao time, e Derwin está provando que pode ser a peça central dessa nova era em Los Angeles.

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