Paciente da Semana é uma coluna semanal de Alex Porto, sobre algum personagem marcante da rodada da NFL. Está no ar sempre nas quartas-feiras, com uma crônica para você refletir sobre futebol americano.
Bem vindo de volta… Andrew Luck?
A comparação entre Joe Burrow e o antigo quarterback dos Colts que se aposentou precocemente está por toda a internet. Para além dos números, acredito que a principal semelhança entre as situações é a forma que nos sentimos: Frustrados.
O quarterback do Cincinnati Bengals teve uma lesão ligamentar de grau 3 no dedão do pé esquerdo. Assim, vai precisar de cirurgia e ficará fora por pelo menos 3 meses. Será a terceira temporada em seis anos de liga que o jogador não consegue estar disponível para a equipe.
Não acho que Burrow vá se pendurar as chuteiras nessa offseason, mas quem pensava isso de Luck? Foi um inesquecível dia de choro por aqui—inclusive, bizarro pensar que ele jogou apenas sete temporadas na NFL. Os fãs de futebol americano estão indignados com essa situação porque o jogo perde muito sem um de seus melhores quarterbacks em campo. Mais Burrow, menos Browning, sempre. No entanto, me pergunto se esses sentimentos realmente estão bem colocados…
A César o que é de César
Primeiramente, Burrow não tem culpa nenhuma por ter se lesionado. O azar é um elemento incontornável nesses casos.
Todavia, precisamos conversar sobre o seu estilo de jogo também contribuir para esse resultado. Não me entenda mal, a linha ofensiva de Cincinnati definitivamente precisa fazer um trabalho melhor protegendo seu quarterback. A franquia chegou a investir recursos na posição, mas foram mal utilizados e insuficientes, especialmente no interior. Isso sem mencionar o quanto o dono Mike Brown é negligente com a equipe fora de campo, pois é uma conversa para outro dia.
Meu ponto é que Burrow sempre teve um estilo de jogo que convida mais sacks, logo, mais pancadas. A habilidade de evitar sacks, uma jogada extremamente negativa para o ataque, tem sido valorizada cada vez mais por analistas. E já sabemos isso que é mais um reflexo do quarterback que da linha ofensiva. que Burrow acredita que é uma visão superestimada, pois muitas vezes ele segura a bola por mais tempo para criar jogadas explosivas. Fato é que funciona para ele, visto que fez uma temporada digna de MVP ano passado.
Além disso, Burrow prefere jogar em formação shotgun, pois não precisa virar as costas para a defesa. Seu processamento de jogo é um dos melhores da liga, porém, isso dificulta o jogo terrestre já que sua mobilidade não é um fator de soma. Dessa forma, isso coloca maior responsabilidade na linha ofensiva e no próprio quarterback em constantes descidas longas. Não existe um jeito certo aqui, todo esquema possui prós e contras, mas é impreterível reconhecer a parte do camisa 9 nisso tudo. Parte, repito.
Quarterbacks reservas importam.
Enfim, Jake Browning será o titular daqui para frente. Pelo menos por enquanto. A partir do que vimos em 2023, podemos esperar um ataque com mais formações under center para facilitar o jogo terrestre. Como a linha permanecerá a mesma, acho improvável vermos uma melhora significativa. Mesmo com playmakers, a esperança da temporada de Cincinnati passa por uma melhora defensiva.
Sempre bom lembrar: a posição de quarterback reserva é uma das mais importantes do elenco. Vale a pena investir recursos nela, pois você nunca sabe quando vai precisar. Bastaram duas semanas para Bengals, 49ers, Jets, Vikings e Commanders precisarem contar seu Plano B.
Espero que Joey Franchise se recupere logo. Que vença seu terceiro Comeback Player of The Year então…
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