Uma contratação por vezes muda a história de um time na temporada. São inúmeros exemplos na NFL de equipes que buscaram jogadores com os jogos já correndo e obtiveram nele o encaixe perfeito para uma melhora de performance. Outras vezes, contudo, a aposta não é paga e a nova aquisição acaba não correspondendo às expectativas.
Neste ano, não foi diferente e há mais alguns nomes que saíram de seu time de origem e não foram capazes de realizar boas atuações em outra franquia, durante a temporada. Assim, listarei aqui as 5 piores aquisições de jogadores durante a temporada de 2025, sem ordem definida.
Cam Robinson, OT, Cleveland Browns
A famosa movimentação que não muda nada. Robinson deixou o Houston Texans após perder espaço para Aireontae Ersery, left tackle calouro da franquia. Em Cleveland, ele chegou como titular, porém, o nível de atuação é tenebroso. Some isso ao problema de quarterbacks do time e a receita do desastre está feita.
Robinson chegou a Ohio para tentar agregar o mínimo de solidez e liderança, mas trouxe, ao invés disso, um caminhão de pressões. São 30 ao todo nesse ano (sendo 6 sacks), também sendo o quinto pior em eficiência na proteção nos snaps óbvios de passe, de acordo com o Pro Football Focus. Muito por sua culpa, Dillon Gabriel e, agora, Shedeur Sanders são dois dos quarterbacks mais pressionados da liga.
Jaire Alexander, CB, Philadelphia Eagles
É preciso dizer que Philadelphia não tem muita culpa aqui. A franquia viu uma oportunidade de tentar revitalizar a carreira de Alexander com uma troca de baixo custo no início de novembro. Os Eagles, todavia, não contavam que Jaire sequer pisaria em campo pela equipe, afastando-se dos gramados logo após a negociação para tratar de sua saúde física e mental.
Alexander já estava longe da performance de seus áureos dias com o Green Bay Packers e fazia início de temporada turbulento com o Baltimore Ravens. A mudança de ares para um time que briga pelo título poderia recolocar sua carreira no nível habitual de outrora; porém, ficará marcada como um grande “e se?”.
Sauce Gardner, CB, Indianapolis Colts
Antes que o torcedor de Indianapolis entre em colapso, vamos ponderar: o problema não é o atleta, mas o contexto. Os Colts quiseram se aproveitar do momento positivo de Daniel Jones e deram all-in para buscar o Super Bowl nesta temporada. O resultado, porém, foi desastroso. Jones está fora da temporada, Gardner está perdendo jogos por lesão e a franquia corre sério risco de ficar de fora dos playoffs.
Minha intenção aqui não é ser engenheiro de obra pronta. Quando se arrisca tal qual Indianapolis, contudo, os resultados são exponenciais e, nesse caso, de forma decrescente. Gardner não pôde contribuir de forma impactante na temporada e o movimento engessou o futuro da franquia, a qual precisou recorrer ao aposentado Phillip Rivers para encerrar o ano.
Younghoe Koo, K, New York Giants
Sem piadinhas? Tentarei (não me censure, editor). Koo vinha em má fase desde o ano passado e foi cortado pelo Atlanta Falcons logo após a primeira semana da temporada. Com o New York Giants foi igualmente inconsistente e sua grande lembrança na temporada será a “bicudada no chão”, um lance emblemático e que nunca antes foi visto na história desse país.
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O que o futuro reserva para Koo? Não saberemos. No entanto, podemos dizer que foi uma jornada emblemática – e recheada de boas risadas. Outrora um kicker confiável, seu rendimento despencou e nos relembrou como essa posição é ingrata com aqueles que à pertencem.
Greg Newsome II, CB, Jacksonville Jaguars
Não é horrível, mas não correspondeu às expectativas. Newsome surgiu como um cornerback interessante ao ser selecionado pelo Cleveland Browns, mas demonstra lapsos de inconsistência há algum tempo que foram amplificados em seu início com a nova equipe. Greg já cedeu cinco touchdowns em Jacksonville, pior marca de sua carreira, contra apenas uma intercepção e um passe desviado. Além disso, pode-se questionar sua inteligência em certos momentos das partidas.
Em uma defesa de Jacksonville que elevou bem o nível de atuação neste ano, Newsome deveria chegar como a peça que faltava na unidade, porém, continua sendo um buraco no grupo. É um ponto de preocupação para a eventual jornada dos Jaguars aos playoffs, onde tais fraquezas são exploradas.
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