5 lições é uma coluna semanal, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
1. A dinastia está de volta
O New England Patriots vai ser parte da pós-temporada da NFL pela primeira vez desde a temporada de 2021, e dessa vez as expectativas são muito maiores. O time carimbou a vaga com uma vitória sensacional contra o Baltimore Ravens, encontrando respostas ofensivas e, claro, em mais uma atuação de altíssimo nível de Drake Maye, salvo a interceptação bizarra no primeiro quarto.
Os Patriots não são um time perfeito, porém possuem poder de fogo o suficiente para ganhar de todos os possíveis adversários com várias formas diferentes. Maye joga com muita confiança e seu passe vertical é quase infalível, enquanto a comissão técnica é novamente uma grande vantagem para New England. Quem brincou, brincou: a Dinastia voltou e vai atormentar quem aparecer pela frente na AFC.
2. A base vem forte
Maye completou o serviço iniciado por Caleb Williams no sábado e que também teve participação de Bryce Young no domingo: os quarterbacks jovens da NFL (você não, Dart) tiveram uma rodada para se lembrar, liderando vitórias importantíssimas e todos em jogos vitais para a classificação aos playoffs.
Williams lançou um passe praticamente perfeito para concluir a virada sobre o Green Bay Packers na noite de sábado, numa virada onde o Chicago Bears chegou a ter apenas 0,5% de chance de vitória durante o último quarto. Young, por outro lado, teve um dos melhores jogos da temporada frente ao Tampa Bay Buccaneers, o grande rival do Carolina Panthers na acirradíssima briga pela NFC South. Claro que apreciamos ver nomes como Aaron Rodgers, Matthew Stafford e até Philip Rivers no seu rápido retorno, porém a nova geração de quarterbacks da liga já deixa sua marca.
3. Um ar diferente em Pittsburgh
Falando em Aaron Rodgers, ele teve mais uma atuação eficiente numa vitória importantíssima para o Pittsburgh Steelers, que agora precisa apenas de vencer o Cleveland Browns (ou torcer pela derrota dos Ravens para os Packers) para cravarem a AFC North. Rodgers mais uma vez provou o grande ponto de sua contratação: mesmo em declínio físico, ele é capaz de entregar muito mais consistência e produção do que qualquer quarterback dos Steelers desde a temporada de 2019.
Outro ponto importante a ser notado é que os Steelers tiveram sua melhor atuação no jogo terrestre em quase uma década, com 230 jardas terrestres e 2 touchdowns no total. Isso faz deles favoritos nos playoffs? Não—até porque, convenhamos, a tendência é de um jogo entre Steelers e Bills e a coisa pode ficar feia. Só que a chave para vencer jogos nos playoffs, especialmente na AFC, é saber correr com a bola. E eles fizeram isso muito bem contra o Detroit Lions.
4. Matt LaFleur precisa ser (bem) mais questionado
Não faço parte do grupo que acha Matt LaFleur um mau técnico (não é) e que merece ser demitido (não merece). Porém, isso não impede que seu trabalho seja blindado de críticas, especialmente num roteiro tão comum como o Green Bay Packers perdendo jogos importantes na parte final da temporada. No sábado, a derrota para o Chicago Bears poderia ter um custo ainda mais alto se o Detroit Lions não tivesse sido surpreendido pelos Steelers.
Deixei elogios ao treinador durante o jogo em minhas redes sociais e não os retiro. Agora, é fato que algumas das decisões em momentos importantes deixam a desejar, isso quando outras menos “urgentes” não voltam para lhe assombrar. A manutenção de Rich Bisaccia no cargo de coordenador de special teams cai no colo de LaFleur, por exemplo, além de algumas decisões e chamadas dentro do jogo que poderiam ser melhores executadas. Repito: não acho que demissão deva ser discutido e tampouco o acho um treinador ruim, mas as críticas são válidas.
5. Os problemas dos Chiefs podem ser ainda maiores
Nem o mais otimista torcedor do Tennessee Titans diria que o time de 2025 é bom ou tem aspectos positivos, e mesmo com Gardner Minshew de quarterback, era esperado que o Kansas City Chiefs cumprisse com sua obrigação e vencesse o jogo. A verdade é que a primeira exibição sem Patrick Mahomes foi absolutamente terrível e deixou uma sensação de que muitos aspectos eram mascarados pelo quarterback.
É claro que é preciso levar em consideração que Minshew também saiu do jogo e, assim, o jogo aéreo ficou ainda mais afetado. Mas a defesa desse ano em nada lembra os bons grupos de Steve Spagnuolo em temporadas recentes, assim como o péssimo jogo terrestre e a ausência de um pass rush consistente tornam esse time abaixo da média quando Mahomes não está ali. O fator psicológico pós-eliminação não ajuda, é claro, só que não é justificativa para todos os problemas. Vai ser uma offseason de muito trabalho no Missouri.
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