The Notebook – Os Seahawks regrediram com seu novo coordenador ofensivo

Kansas: We want Bama!

Na semana 2, Kansas encerrou uma sequência de 46 derrotas ao vencer Central Michigan por 31 a 7. Os Jayhawks, que são conhecidos primariamente por serem dominantes basquete, sempre tiveram um desempenho ruim no futebol americano, tendo vencido apenas seis bowls em seus 118 anos de história. No entanto, na semana passada, a sequência passou a ser de vitórias, após vencerem Rutgers fora de casa por surpreendentes 55 a 14, ampliando o seu recorde da temporada para 2-1. O mais impressionante é que o time lidera hoje a nação em margem de turnovers – e por uma margem bem considerável! Enquanto Kansas possuem um saldo de +12, o segundo time com melhor margem tem apenas +8.

É difícil imaginar que Kansas termine com uma campanha para disputar algum bowl, pois os jogos mais complicados do calendário começam agora – na verdade, todos os jogos a partir de agora os Jayhawks entram como zebras, na forte conferência Big 12. Porém, a torcida já se empolgou e está até pedindo jogo contra Alabama! No próximo jogo, a equipe vai até Waco, no Texas, para defrontar Baylor, sendo esse um dos jogos mais acessíveis para Kansas continuar sonhando com um bowl no final da temporada.

Jarrett Stidham decepciona

Na coluna da semana passada, eu destaquei o jogo de Auburn contra LSU no duelo dos dois quarterbacks. LSU foi quem saiu com a vitória no último segundo, com um field goal que colocou a universidade na frente momento final da partida.

Joe Burrow, quarterback de LSU, novamente entregou o que se espera dele. As estatísticas não saltarão os olhos, tampouco chamarão a atenção de ninguém para o processo do Draft; contudo, ele tem jogado melhor do que os números mostram, tomando boas decisões, alterando chamadas na linha de scrimmage, conseguindo explorar muito bem o jogo corrido e jogando com inteligência, demonstrando entendimento da situação da partida.

Por outro lado, Stidham – tido como um dos principais prospectos para o draft – mostrou que não evoluiu em comparação à temporada passada. Suas decisões quando pressionado permanecem questionáveis, principalmente dentro do pocket. Em diversos momentos, Stidham deixa um pocket limpo, gerando ele mesmo a pressão. Caso o jogador queira terminar a temporada como um prospecto de primeira rodada, é preciso que melhore consideravelmente e rápido. Na semana 6, Auburn enfrentará Mississippi State, dona de uma das melhores e mais subestimadas linhas defensivas do College. Stidham precisa salvar essa data no calendário e jogar essa partida como nunca.

Guardem esse nome: Byron Murphy

Murphy é provavelmente o prospecto que eu estava mais ansioso para ver jogando nessa temporada após os estudos da offseason. Ele é um redshirt sophomore que jogou apenas seis jogos universitários antes dessa temporada, mas quando esteve em campo foi diferenciado. Nos poucos jogos que teve na temporada passada, Murphy mostrou a sua habilidade atlética e inteligência dentro de campo.

Isso não parece ter mudado para essa temporada. Murphy teve quatro passes desviados no último jogo, contra Utah – ao total, já são 17 passes desviados em apenas 9 jogos de sua carreira universitária, o que mostra a sua qualidade em sempre buscar atacar a bola. O lado negativo de Murphy é seu tamanho, que fica abaixo do ideal; contudo, Murphy já está pronto para a NFL mesmo tendo tão pouca experiência no universitário. Nesse sábado, sua universidade – Washington – enfrenta Arizona State, do seu amigo de ensino médio (e um dos principais recebedores para a próxima classe) N’Keal Harry. Duelo imperdível.

Darrell Henderson, a estrela de Memphis

Na última sexta-feira, o único jogo do calendário foi Georgia State @ Memphis, o que fez com que todos os olhares estivessem em Darrell Henderson. Na temporada passada, o running back teve 1.134 jardas nos últimos oito jogos com uma assustadora média de 11,9 jardas por carregada. Apesar da baixa estatura, Henderson joga físico e com um baixo centro de gravidade, o que causa quebra de tackles como o da jogada abaixo:


Sua aceleração também chama atenção, e quando há um espaço para a troca de marcha, é difícil pará-lo.

Henderson não será um running back que brigará para ser o principal corredor – posto que está bem aberto após a lesão de Rodney Anderson. Entretanto, será um prospecto para o segundo ou o começo do terceiro dia, em que os times estarão de olho.

Notre Dame é um bom time; mas seu quarterback lhes impedirá de chegar aos playoffs

Notre Dame possui um time bem acima da média, o que levará a universidade a algum bowl importante no final do ano. Porém, o quarterback Brandon Wimbush é muito fraco para um time que tem aspirações de chegar aos playoffs.

Na atual temporada, Wimbush já lançou quatro interceptações e apenas um touchdown. É possível até que Ian Book, o quarterback reserva, inicie a próxima partida como titular. A troca pode ser positiva, mas improvável que seja o suficiente para entrar de verdade na briga pela pós-temporada.

Texas A&M e Alabama

E, finalmente, Alabama vai jogar contra um adversário mais qualificado, fornecendo duelos interessantes para analisar prospectos que irão para o Draft. A universidade anotou mais de 50 pontos em todos os três jogos até então, muito por mérito do ataque: Tua Tagovailoa assumiu a posição de titular e ainda não lançou nenhuma interceptação na temporada, ao mesmo tempo que já passou para oito touchdowns com 72% de passes completos e, o mais importante, com uma média alta de passes longos.

Do outro lado, a esperança de Jimbo Fisher ser o primeiro ex-assistente de Saban a derrotá-lo passa pelo quarterback Kellen Mond, que teve uma atuação sensacional contra Clemson e chegou bem perto de empatar a partida ao fim do confronto. Como resposta, a defesa de Alabama aposta no safety Deionte Thompson, que possui um atleticismo ideal para cobrir grandes partes do campo de forma impressionante. Thompson é um dos principais safeties da classe atual, e exibe talento para ser escolhido na primeira rodada do próximo recrutamento.

Seattle em apuros com o OC

A torcida de Seattle ficou feliz rápido demais após a demissão do ex-coordenador ofensivo Darrell Bevell. Afinal de contas, seu sucessor Brian Schottenheimer se mostrou uma regressão nas duas primeiras semanas de NFL. Com um time com tão pouco talento ofensivo como Seattle, o ano pode ser longo para os Seahawks.

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