A segunda rodada do Draft é ainda mais difícil de prever se comparada à primeira. A diferença entre talento é menor e geralmente as equipes acabam focando mais na necessidade posicional de seus elencos.
Acompanhe mais da nossa cobertura do Draft de 2016.
De toda forma, para haver uma espécie de guia – e para tentar resolver algumas das principais histórias, como Connor Cook/Christian Hackenberg, a queda de Myles Jack e aonde os três talentos de Alabama contra a corrida vão parar – decidimos fazer este Draft Simulado de segunda rodada.
Ele já está atualizado com as trocas que aconteceram ontem e dispõe da ordem da segunda rodada de acordo com 13h, horário de Brasília, desta sexta. O Draft, na segunda e terceira rodada, tem transmissão da ESPN + no Brasil e começa às 20h. Se serve como algum guia (embora as coisas mudem), estarei comentando na transmissão.
Não me cobrem por erros aqui! aahhah Prever segunda rodada é muito difícil, como disse. Espero que gostem.
32: Cleveland Browns: Connor Cook, quarterback, Michigan State
Algum quarterback precisa vir, nem que seja seguro de vida para o joelho de Griffin III. Que seja um moldado em pro-offense e que foi vitorioso. Cook tem presença de pocket, mas problemas na acurácia (as quais podem se resolver com treinamento).
33: Tennessee Titans: Michael Thomas, wide receiver, Ohio State
Marcus Mariota precisa de mais alvos. No ano passado Tennessee já endereçou a posição, mas precisa de um WR#2. Thomas é extremamente polido na execução das rotas.
34: Dallas Cowboys: Kevin Dodd, defensive end, Clemson
Dodd é o melhor pass rusher ainda disponível e é uma necessidade de Dallas no momento. Não há muito a ser dito além disso. No-brainer.
35: San Diego Chargers: Jason Spriggs, offensive tackle, Indiana
Como os Chargers não adicionaram proteção a Philip Rivers na primeira rodada, ela vem na segunda. Spriggs aparecia em muitos mocks como indo no final da primeira. É experiente. Quando você enfrenta times com Khalil Mack, Von Miller e Justin Houston, toda proteção ao quarterback é pouca.
36: Baltimore Ravens: Noah Spence, defensive end, Eastern Kentucky
Vou arriscar aqui. Os Ravens precisam endereçar o pass rush, foi uma catástrofe ano passado sem Terrell Suggs saudável. Como não puderam escolher Joey Bosa na primeira rodada, acaba fazendo sentido aqui. Spence tem problemas extra-campo, mas isso nunca foi problema para Ozzie Newsome e para o vestiário dos Ravens, John Harbaugh é o técnico certo para colocar Spence na linha.
37: Kansas City Chiefs: Mackensie Alexander, cornerback, Clemson
O grande problema de Mackensie é seu tamanho, mas isso não seria uma questão problemática para os Chiefs na medida em que ele poderia ser usado no nickel. Mesmo tendo adicionado Marcus Peters no ano passado, a saída de Sam Smith faz com que cornerback ainda seja uma necessidade latente de Kansas City.
38: Jacksonville Jaguars: Jarran Reed, defensive tackle, Alabama
É impressionante como os prospectos simplesmente estão caindo no colo dos Jaguars. Na primeira rodada, foi Jalen Ramsey. Na segunda pode ser Jarran Reed, o qual seria um steal gigantesco neste ponto. Reed é um dos melhores defensores do Draft contra a corrida.
39: Tampa Bay Buccaneers: Emmanuel Ogbah, defensive end, Oklahoma State
Embora seja cru, Ogbah tem um talento natural para o pass rush (o qual, adivinhem, é uma necessidade enorme para os Buccaneers). Como a equipe optou por cornerback na primeira rodada, natural que um defensive end venha agora.
40: New York Giants: La’Raven Clark, offensive tackle, Texas Tech
Bom, é um reach – mas isso nunca foi problema para Jerry Reese, vide a primeira rodada com Eli Apple. Clark teve jogos excelentes contra alguns dos pass rushers mais interessantes do Draft, sobretudo contra Ogbah, listado acima. Os Giants precisam de ajuda nos bloqueios para o jogo terrestre, então é uma aposta bem vinda – sobretudo após o desempenho dele no Senior Bowl
41: Chicago Bears: Hunter Henry, tight end, Arkansas
Com a saída de Martellus Bennett para New England via troca, os Bears precisam endereçar a posição. Henry é o melhor tight end do Draft e estava cotado para a primeira rodada. É bem vindo aqui.
42: Miami Dolphins: Reggie Ragland, inside linebacker, Alabama
Um steal com Laremy Tunsil na primeira rodada e agora outro. Ragland tem seus problemas contra o passe, mas é excelso contra a corrida. Ah, não esqueçamos que os Dolphins precisam desesperadamente de linebackers, mesmo com a vinda de Kiko Alonso.
43: Tennessee Titans: Xavian Howard, cornerback, Baylor
Em realidade eu acho até que esta pode ser a escolha #33 de Tennessee no Draft. Os Titans com certeza estão mirando um cornerback no Draft após o desempenho terrível da secundária dos Titans no ano passado. Kendall Fuller também é uma possibilidade aqui.
44: Oakland Raiders: Myles Jack, inside linebacker, UCLA
Em algum momento a queda absurda de Jack tem que acabar. Muitos cotavam que ela ia acontecer já na primeira rodada na escolha de Oakland – então vendo ele no board ainda na segunda com sua escolha, os Raiders podem apertar o gatilho. As habilidades de cobrir o passe para linebackers são cada vez mais raras e esse foi um problema para os Jaguars no ano passado. Não esqueçamos, uma das equipes que Jack visitou foi.. Oakland.
45: Tennessee Titans: T.J Green, safety, Clemson
Green é um jogador bastante subestimado nessa defesa de Clemson do ano passado. Ele foi um playmaker e tanto no ano passado, forçando dois fumbles. Não obstante, teve 95 tackles e é uma boa adição também para ajudar na defesa contra a corrida.
46: Detroit Lions: A’Shawn Robinson, defensive tackle, Alabama
Lembra quando os Lions eram o melhor time da NFL contra o jogo terrestre? Então, depois que Suh e Fairley se foram isso se foi junto. Robinson é um dos melhores jogadores de interior de linha defensiva e pode ajudar bastante essa defesa a se recuperar no quesito.
47: New Orleans Saints: Cody Whitehair, guard, Kansas State
Whitehair era cotado para o final da primeira rodada e nesta altura do campeonato é um steal. Os Saints precisam de ajuda na linha ofensiva depois de dar tchau para Jahri Evans, seis vezes pro bowler.
48: Indianapolis Colts: Chris Jones, defensive tackle, Mississippi State
As trincheiras eram um problema para Indianapolis no anoo passado. Como os melhores linebackers (outro problema do time) já foram escolhidos nesta simulação, resta aos Colts endereçar a linha defensiva após a ótima escolha de Ryan Kelly na primeira rodada. Jones é versátil e embora alguns digam que possa ser bust, é um risco “calculado” ao final da segunda rodada. Outra possibilidade forte é Andrew Billings, embora este seja menos versátil.
49: Buffalo Bills: Kamalai Correa, outside linebacker, Boise State
Se os próprios Colts não escolherem Correa, ele é uma forte possibilidade em Buffalo. Kamalai é bom em campo aberto e pode adicionar mais talento ao pass rush dos Bills. Isso na mente de Rex Ryan é algo que pode render.
50: Atlanta Falcons: Deion Jones, outside linebacker, LSU
Um dos maiores desesperos do torcedor de Atlanta era ver tight ends e running backs fazendo a festa ao receber passes no meio do campo. É necessário um linebacker polido que possa ocupar esse espaço. Jones é o melhor disponível aqui.
51: New York Jets: Christian Hackenberg, quarterback, Penn State
Eu ainda duvido que os Jets vão encher Ryan Fitzpatrick de dinheiro. Mesmo que o time ainda tenha Bryce Petty, esse é um projeto cru que não confio. Coloco os Jets escolhendo Hackenberg aqui por conta de necessidade posicional mas, também, porque o general manager de Nova York trabalhou com Bill O’Brien em Houston – que, olha só, foi o técnico de Hackenberg no seu ano de calouro em Penn State.
52: Houston Texans: Nick Martin, center/guard, Notre Dame
Já há algum tempo eu esperava que a escolha dos Texans, em alguma rodada alta, fosse um center. Como Ryan Kelly não estaria disponível (e não estará), os Texans vão com Nick (irmão mais novo de Zach Martin, dos Cowboys). A necessidade vem do fato de que Houston recentemente perdeu Ben Jones.
53: Washington Redskins: Jonathan Bullard, defensive lineman, Florida
Washington muito provavelmente vai ver vários jogadores de seu board saindo ao longo da segunda rodada. Provavelmente o melhor que sobrará é Bullard, que é versátil para atuar como DE de 3-4 ou 3-tech de 4-3.
54: Minnesota Vikings: Vonn Bell, safety, Ohio State
Embora algumas equipes vejam Bell como um jogador mais voltado para cornerback, aqui ele poderia fazer sentido como free safety no longo prazo, sem se preocupar com conter o jogo terrestre. A presença de Harrison Smith já no elenco faria sentido para explicar isso – fora que seria um dos melhores jogadores ainda disponíveis no board.
55: Cincinnati Bengals: Tyler Boyd, wide receiver, Pittsburgh
Os Bengals acabaram não conseguindo escolher um WR#2 na primeira rodada e não iriam dar um reach para tanto. Agora na segunda, acaba fazendo sentido, ainda mais quando lembrarmos que precisam de um route runner para complementar A.J Green após a saida de Marvin Jones e Mohamed Sanu. O melhor desse tipo ainda no board é Boyd.
56: Seattle Seahawks: Derrick Henry, running back, Alabama
Um jogo terrestre físico encontra um running back físico. Para mim, é o casamento perfeito. Embora Thomas Rawls tenha feito um bom trabalho substituindo Marshawn Lynch no ano passado, após a aposentadoria do mesmo seria estranho se Seattle deixasse passar Henry ao final da segunda rodada. Ele é talento para início dela. Do ponto de vista físico, é o que Seattle quer na posição e a queda de Henry ajuda o casamento.
57: Green Bay Packers: Joshua Perry, inside linebacker, Ohio State
É mais do que óbvio que os Packers precisam de linebacker para seu elenco – eventualmente por dentro, para poder mover Clay Matthews de volta para OLB. Perry para mim é o melhor disponível neste momento, mas Scooby Wright é uma real possibilidade aqui.
58: Pittsburgh Steelers: Andrew Billings, defensive tackle, Baylor
Se tem uma coisa que costuma acontecer no Draft é ver um bom prospecto caindo no colo de Pittsburgh. Neste ano isso deve acontecer na segunda rodada, não na primeira. É um jogador que pode ocupar espaço na linha e ajudar a defesa como um todo – sobretudo contra o jogo terrestre. Steal aqui.
59: Kansas City Chiefs: Sterling Shepard, wide receiver, Oklahoma
Ainda não plenamente recuperado do desastre aéreo da temporada 2014, o Kansas City Chiefs precisa adicionar mais peças no corpo de recebedores. Prova disso é que praticamente só tem Jeremy Maclin de minimamente confiável por lá (além de Travis Kelce, óbvio, mas ele é tight end). Shepard cumpre bem a função de WR2.
60: New England Patriots: Sheldon Ray, defensive lineman, Notre Dame
Após seguidas perdas e dispensas na linha defensiva, os Patriots precisam adicionar prospectos de “massa” no setor – as perdas que me refiro são Akiem Hicks e Dominique Easley. Ray foi fenomenal no Senior Bowl e teve uma produtividade boa no College – 15,5 tackles para perda de jardas é o destaque.
61: New England Patriots: Kenneth Dixon, running back, Louisiana Tech
Um protótipo digno de Bill Belichick: muda de direção bem em campo aberto e é o melhor running back da classe recebendo passes. Seria um par adequado para Dion Lewis.
62: Carolina Panthers: Su’a Cravens, outside linebacker/safety, USC
Produção absurda com os Trojans no ano passado, sendo 5,5 sacks e 15 tackles para perda de jardas – sem contar duas interceptações, número raro para OLB. O bom para os Panthers é que ele pode ser híbrido, já que tem experiência como safety. Poderia jogar em descidas de corrida como SS e em descidas de passe como LB. Nessa altura do campeonato, um steal.
63: Denver Broncos: Jihad Ward, defensive end, Illinois
Após a perda de Malik Jackson, os Broncos podem querer endereçar a linha defensiva. Embora Ward seja bastante cru, ele pode acabar se beneficiando pelo fato de jogar ao lado de um pass rush extremamente consistente – e pela atenção a mais dada a Von Miller e DeMarcus Ware. Em realidade, esta é uma escolha difícil de prever. Pode vir um guard para repor Evan Mathis também.





