Após o fim do Draft, as atividades visando a preparação para a nova temporada já começaram. Assinar contratos com undrafted free agents, fazer um encontro com os calouros em um minicamp e começar a desenhar o playbook e organizar o possível quadro de titulares e reservas.
Só que também começou o programa de intertemporada da NFL – o início da preparação dos atletas para a temporada que se inicia. No momento estamos na parte mais importante, as atividades organizadas dos times (a sigla em inglês é OTAs), porém muitos têm a dúvida: o que é permitido e proibido?
É possível sair dando tackles para todo lado ou as atividades são sem contato? E quais tipos de atividades são permitidos? Desde o lockout de 2011 e, consequentemente, o novo acordo coletivo-trabalhista assinado entre o Sindicato de Jogadores e a NFL, as atividades de intertemporada mudaram drasticamente e nem tudo é permitido como antes.
Antes de entrarmos de vez nas OTAs, vale a pena relembrar como é dividido o programa de intertemporada da liga.
Como funciona o início dos preparos?
Durante a intertemporada, o contato entre técnicos e jogadores têm que ser limitadíssimo. Não pode haver conversas sobre nenhum tipo de técnica ou tática, caso contrário a própria franquia ou o técnico principal podem acabar sendo multados. Por causa desse contato limitado, jogadores só devem treinar por conta própria (seja atividades musculares ou alguma atividade entre atletas). Além disso, vale ressaltar que nenhum técnico pode contatar algum jogador para persuadi-lo a assinar um contrato com a sua equipe antes do período da Free Agency – isso fez o Kansas City Chiefs perder uma escolha de terceira e outra de sexta rodadas.
Após o período de Free Agency e Draft, a liga organiza a intertemporada em três fases que são voluntárias, sendo só na última que algumas franquias optam por um minicamp mandatório. Na primeira fase, que dura duas semanas, os jogadores podem ir à sede da franquia e começar a trabalhar com rotinas de exercícios físicos, seja para condicionamento ou reabilitação de alguma contusão – agora que os times podem começar a ter contatos com os seus atletas. Este período é curto, dura apenas duas semanas.
A segunda fase é quando os calouros começam a ser introduzidos (no rookie camp), bem como começam a se misturar com os veteranos. As franquias com técnicos novos também ganham o direito de ter um minicamp, voluntário, extra com os veteranos – que conta além do minicamp que todos têm direito. Nesta fase, nenhum contato é permitido entre os atletas (nem shoulder pads, obviamente), não é permitido haver nenhum tipo de jogos (11 contra 11 ou 7 contra 7). Os técnicos podem dar instruções dentro de campo e haver drills individuais apenas – bem como condicionamento físico. Esta fase dura umas três semanas.
E os OTAs?
A terceira fase é quando os OTAs e os mandatory minicamp acontecem. Assim como durante todo o programa da intertemporada, nesta fase também não é permitido qualquer tipo de contato. Só que agora é possível realizar drills dos times, 11 contra 11, 9 contra 9, 7 contra 7 e assim por diante – é o momento que os técnicos começam a mostrar seu playbook aos seus comandados. Esta fase completa dura umas quatro semanas corridas (de atividades, mesmo, são uns 12 dias divididos em três períodos de OTAs e um de mandatory minicamp) e vai até o início dos training camps.
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As OTAs possuem duração, em média, de 10 dias, divididos em três porções ao longo de maio e junho, e são as últimas atividades voluntárias que as franquias têm. A velocidade aumenta consideravelmente e, espera-se, que os calouros que já estão liberados da universidade participem ativamente. Vale lembrar que alguns calouros, principalmente de universidades da costa oeste, ainda não são permitidos a participar das atividades por terem compromissos acadêmicos – o que atrasa muito o seu início na liga.
Após as OTAs, as franquias podem organizar a primeira atividade obrigatória: o minicamp. Nele, tanto veteranos como calouros são obrigados a aparecerem – sendo passível de multa quem não for. Jogadores que estão fazendo holdout (greve), seja por querer uma troca ou por questões contratuais, começam a decidir o que vão fazer e, normalmente, acabam voltando as atividades. Esses minicamps possuem as mesmas regras dos OTAs e duram dois ou três dias.
Após tudo isso os training camps (treinos preparatórios para a temporada) começam. Neste momento o contato começa a ser permitido (em um número limitado), são obrigatórios e acontecem a partir de julho. São nos training camps que o futebol americano realmente volta a funcionar e até mesmo atividades para os torcedores são organizadas – falaremos mais quando nos aproximarmos. Entre tantas atividades e exercícios intermináveis, uma coisa o torcedor não consegue esquecer: falta pouco mais de 3 meses para a temporada regular começar.
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