Dono de uma história riquíssima, cheia de partidas épicas e curiosidades, o Monday Night Football continua como um dos momentos da semana mais aguardados pelos fãs de futebol americano. Ao contrário dos domingos, quando existe um grande número de jogos sendo disputados, as segundas-feiras são de certa forma especiais por possuírem apenas um confronto, o qual é transmitido em horário nobre na televisão fechada (ESPN) dos Estados Unidos. No Brasil, as partidas são exclusivamente transmitidas pela filial brasileira, a ESPN Brasil (na ESPN).
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Por ser tão tradicional e render boa audiência, a segunda-feira à noite naturalmente costuma receber uma das principais partidas da rodada – em 2016, isto não será diferente. Não que tenha os jogos mais importantes da rodada, uma vez que tais duelos costumam figurar no Sunday Night Football. Mas, de toda forma, partidas interessantes ocorrem. O lado ruim é que, por conta de logística, ao contrário do SNF não há calendário flexível no Monday Night – ou seja, nenhum jogo muda de horário.
Deste modo, preparamos uma lista com os cinco Monday Night Football mais interessantes da temporada. Obviamente existe um grande nível de subjetividade nesse tipo de escolha, então sua lista pode ser diferente da nossa. Mas, em todo o caso, vale a pena dar uma conferida na relação abaixo.
12/09 – Semana 1 – Washington Redskins x Pittsburgh Steelers
San Francisco 49ers x Los Angeles Rams
Além de significar o fim do longo período sem futebol americano para valer, a semana 1 da temporada é especial por outro motivo: é a única rodada com dois jogos na segunda-feira, matando de vez nossa saudade da NFL (para compensar a ausência de MNF na Semana 17).
O primeiro duelo da noite será entre Redskins e Steelers, no FedEx Field. Ambas as equipes foram aos Playoffs no ano passado e chegam em 2016 com boas perspectivas. Washington tem como destaque seu poderoso grupo de recebedores, liderado pelo quarterback Kirk Cousins. O signal caller ainda não é uma certeza na liga – até por isso recebeu a franchise tag e não um contrato de longa duração -, porém sua ótima segunda metade de 2015 deixou todo mundo impressionado.
Pittsburgh, por sua vez, também tem o ataque como principal característica. O problema é que, na semana 1, o time talvez tenha os desfalques por suspensão do wide receiver Martavis Bryant e do running back Le’Veon Bell (este último ainda pode ter a punição anulada ou diminuída). Entretanto, mesmo se não puder contar com os dois atletas, Ben Roethlisberger terá um belo arsenal de armas ao seu dispor. Promessa de um jogo movimentado e com bastante pontos.
A segunda partida marcará o encontro de 49ers e Rams, no Levi’s Stadium. Falando francamente, as duas franquias não são as maiores forças da NFC West neste momento, mas um duelo divisional é sempre bem-vindo e interessante de assistir. As grandes histórias sem dúvida estarão nas posições de quarterback: San Francisco já terá definido o vencedor da disputa entre Colin Kaepernick e Blaine Gabbert, enquanto que Los Angeles possivelmente estreará o calouro Jared Goff, primeira escolha geral do último Draft.
3/10 – Semana 4 – Minnesota Vikings x New York Giants
Na última vez em que estas equipes se encontraram, na semana 16 da temporada de 2015, Minnesota recebeu New York e atropelou por 49 a 17. Naquela ocasião, os visitantes não puderam contar com Odell Beckham Jr., suspenso por conta das confusões com Josh Norman na partida anterior, e já estavam eliminados da briga pelos Playoffs, logo não havia muita motivação para entrarem em campo – ao contrário dos Vikings, que lutavam pelo título de divisão.
Em 2016, entretanto, as coisas tendem a ser diferentes quando os Giants retornarem a Minnesota na semana 4. Jogando na imprevisível NFC East, a equipe gastou muito dinheiro na Free Agency para arrumar a defesa, uma das piores da NFL no ano passado, e voltar a ser competitiva. Além disso, existe um certo otimismo com o desenvolvimento de Eli Manning e o trio de wide receivers formado por Beckham Jr., o calouro Sterling Shepard e Victor Cruz – este último finalmente está treinando após muito tempo afastado por lesões. A pouco mais de um mês do início da temporada regular e com um head coach novo (Ben McAdoo), New York ainda é uma incógnita, mas pouca gente descarta a franquia da disputa pelos Playoffs.
Minnesota, por outro lado, é um time em ascensão na liga, com uma defesa jovem, produtiva e um tanto subestimada e um ataque dominado por Adrian Peterson – o quarterback Teddy Bridgewater ainda luta para ser protagonista. Em 2015, os Vikings surpreenderam ao destronar os Packers na NFC North. Hoje, ninguém duvida que eles possam repetir o feito ou talvez até mesmo ser uma ameaça mais séria na Conferência Nacional. Enfim, promessa de uma partida bastante interessante no novíssimo US Bank Stadium.
24/10 – Semana 7 – Denver Broncos x Houston Texans
Embora não seja um duelo divisional ou alguma coisa do tipo, esta partida deve pegar fogo. O motivo? O reencontro de Brock Osweiler com a equipe, o pass rush que antes ele só via em treinos e os torcedores de Denver. Após ser titular em boa parte da campanha que culminou na conquista do Super Bowl 50, o quarterback deixou os Broncos e assinou com os Texans na Free Agency. Agora, comandará um ataque completamente reformulado, o qual investiu pesado nas chegadas do próprio Osweiler, do running back Lamar Miller e dos recebedores calouros Will Fuller e Braxton Miller. Houston é um dos times que mais se reforçou durante a intertemporada e é um forte concorrente na AFC South.
Já os Broncos atualmente são um ponto de interrogação na posição de quarterback. A defesa continua espetacular, mas, sem um quarterback titular definido (Mark Sanchez, Trevor Siemian e o calouro Paxton Lynch brigam pela posição), fica difícil saber o que esperar do ataque. Em todo o caso, se Von Miller e cia. conseguirem de novo levar o time nas costas – assim como fizeram em 2015 -, Denver tem boas chances de ir longe na temporada.
21/11 – Semana 11 – Oakland Raiders x Houston Texans
O grande atrativo que torna o jogo especial é o fato dele ser disputado na Cidade do México, mais especificamente no Estádio Azteca – o mando de campo, contudo, será de Oakland. Esta é a segunda visita da NFL ao México: em 2005, um público de 103.467 pessoas viu o Arizona Cardinals derrotar o San Francisco 49ers por 31 a 14. O confronto de novembro é uma ótima chance de ver a NFL fora dos palcos tradicionais e com uma torcida diferente daquela do eixo Estados Unidos e Inglaterra.
Falando sobre as equipes, não iremos repetir o que já comentamos aí em cima a respeito dos Texans, então vamos direto aos Raiders. Há muito tempo Oakland não chegava em uma temporada tão cercado de expectativas. A dupla formada pelos jovens Derek Carr e Amari Cooper é a esperança do ataque. A defesa, que já possuía o ótimo Khalil Mack, se reforçou bastante na intertemporada visando melhorar. Em 2016, muitos acreditam que os Raiders estão em boas condições de voltarem aos Playoffs após 13 anos de ausência.
12/12 – Semana 14 – New England Patriots x Baltimore Ravens
Patriots e Ravens normalmente costumam fazer duelos muito equilibrados e emocionantes – por exemplo, dos últimos seis confrontos, quatro terminaram com uma posse de bola de diferença. Então, não custa nada dar uma atenção especial à esta partida.
Sim, Baltimore viveu uma temporada horrorosa em 2015, porém isso aconteceu sobretudo devido às inúmeras contusões importantes que desfiguraram a equipe: Joe Flacco, Terrell Suggs, Steve Smith Sr., Justin Forsett etc. Se tiver um pouco mais de sorte neste sentido, a franquia poderá mostrar que o ano passado foi um ponto fora da curva. A saída de Kelechi Osemele na Free Agency é uma baixa considerável, mas em compensação a chegada de Eric Weddle e um Draft consistente ajudaram a encorpar o elenco.
New England segue como favorito na AFC East e um dos principais times da NFL, apesar da agora definitiva suspensão de Tom Brady. Os Patriots terão que se virar sem o quarterback durante os quatro primeiros jogos da temporada, contudo isso evidentemente não deve acontecer na semana 14. Ademais, com exceção da troca de Chandler Jones, não houve muitas novidades em relação ao ano passado.
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