Em 2015, os Cardinals reinaram absolutos na NFC West durante praticamente todo o tempo. O time de Arizona começou o ano muito bem, abrindo uma grande vantagem na classificação e impossibilitando que os concorrentes se aproximassem. Seattle teve vários problemas no início da temporada antes de conseguir engrenar uma sequência de vitórias, deste modo ficando para trás na disputa pela divisão. Já os Rams e 49ers nunca foram uma ameaça verdadeira, principalmente por conta das suas dificuldades na posição de quarterback. No final, Cardinals e Seahawks (wild card) avançaram aos Playoffs, sendo ambos eliminados pelo Carolina Panthers.
Assim como aconteceu nas últimas três temporadas, o título da NFC West mais uma vez deverá ficar em Arizona ou Seattle. As duas equipes são indiscutivelmente as melhores da divisão e, além disso, são fortes candidatas ao título da Conferência Nacional. A distância em relação a Los Angeles e San Francisco é significativa.
Os Cardinals mantiveram boa parte do elenco que chegou à final de Conferência em 2015 e ainda reforçaram o setor menos eficiente do time, o pass rush. Chandler Jones e o calouro Robert Nkemdiche vieram com a missão de facilitar a vida na hora de pressionar os quarterbacks adversários. A franquia possui um excelente treinador (Bruce Arians) e um dos plantéis mais completos de toda a NFL, estando muitíssimo bem servida de talento em quase todas as posições. Salvo uma chuva de contusões ou uma regressão gigante de veteranos como Carson Palmer e Larry Fitzgerald, Arizona tem tudo o que é preciso para ir longe.
Confira o índice de Previsões do ProFootball para 2016
Por sua vez, os Seahawks têm uma grande preocupação: sua pedestre linha ofensiva – falaremos mais sobre o tema logo abaixo. Os possíveis problemas na unidade fazem com que, no papel, a franquia tenha uma certa desvantagem em comparação com o time dos Cardinals. Contudo, tirando isso, o elenco é ótimo. Russell Wilson é o mais novo membro do clube dos quarterbacks de elite e sua mobilidade pode compensar eventuais falhas de proteção. A defesa segue com um front seven de bastante de respeito, além de ter conseguido manter por mais uma temporada a base da temida Legion of Boom (Richard Sherman, Earl Thomas e Kam Chancellor). A aposentadoria de Marshawn Lynch não é uma notícia animadora, mas pelo menos a equipe se movimentou na intertemporada para tentar não sofrer muito sem o ídolo – que, falando a verdade, não contribuiu tanto assim no ano passado devido à lesões.
Confira o índice de Previsões por Divisão no ProFootball em 2016
Algumas outras considerações sobre os times:
Um dos melhores grupos de wide receivers da liga: Conforme já mostramos neste texto, Arizona tem um dos trios de wide receivers mais prolíficos da liga. A trinca Larry Fitzgerald, Michael Floyd e John Brown rende muitas jardas e touchdowns, sendo fundamental para o sucesso do esquema ofensivo baseado em passes longos utilizado pela franquia. Juntos, os três totalizaram 226 recepções, 3067 jardas e 22 touchdowns em 2015. Não há razões para imaginar que tal nível de produtividade despencará nesta temporada.
Linha ofensiva duvidosa: A offensive line de Seattle recentemente foi eleita a pior da NFL pelo site Pro Football Focus. Aqui no Pro Football também já discutimos o problema, destacando todas as incertezas que pairam sobre o grupo, o qual já havia ido bem mal em 2015. A mobilidade e as mágicas feitas por Russell Wilson ajudam a mascarar as deficiências, porém uma hora as coisas podem começar a dar errado – como aconteceu no início da temporada passada. A boa notícia é que pelo menos Mark Glowinski (left guard) e o calouro German Ifedi (right guard) receberam elogios durante o Training Camp. Os Seahawks precisarão que a unidade supere os questionamentos, cale a boca dos críticos e seja minimamente competitiva.
Goff como terceira opção: O desempenho de Jared Goff foi tão fraco na pré-temporada que ele corre um sério risco de perder o posto de reserva dos Rams. Case Keenum será o titular, possivelmente seguido pelo segundanista Sean Mannion. Goff, escolha mais alta do último Draft, ficaria apenas como terceira opção. Isso não é motivo de pânico, pois todos imaginavam que o jovem signal caller iria precisar de tempo de adaptação, mas sem dúvida é um balde de água fria nas expectativas dos torcedores. Como Keenum é no máximo um quarterback mediano, a tendência é o ataque de Los Angeles ser de novo totalmente focado em Todd Gurley. Tal notícia não é nada animadora, já que ataques unidimensionais não costumam levar seus times muito longe na temporada.
Gabbert titular: No último sábado, Blaine Gabbert foi nomeado o quarterback titular de San Francisco para 2016. Amplamente esperada, a decisão tem a ver com o seu possível melhor encaixe no sistema ofensivo de Chip Kelly – Gabbert tende a ser mais preciso nos passes que Kaepernick. Além disso, ele somou mais tempo de treinamento enquanto Colin ficou afastado com o braço fadigado. Seja como for, tal escolha está longe de ser um motivo de empolgação para os torcedores da franquia. O quarterback, selecionado na 10ª posição geral do Draft 2011, é um dos maiores busts recentes da NFL e pouco mostrou em seus cinco anos na liga. Este é mais um grande exemplo da triste decadência que vem ocorrendo com a equipe dos 49ers desde 2014.
Previsão de classificação para a NFC West em 2016:
1.Arizona Cardinals
2.Seattle Seahawks
3.Los Angeles Rams
4.San Francisco 49ers
Comentários? Feedback? Siga-nos no twitter em @profootballbr e curta-nos no Facebook.






