A mudança de cultura e do “status quo” na conferência Pac-12 é notória. Há 15 anos, seria um tanto quanto insano imaginar que USC seria considerada zebra quando jogasse contra o Cardinal de Palo Alto. Em 2016, após a mudança de cultura instaurada no campus de Stanford por Jim Harbaugh na metade da década passada, a tendência é completamente diferente. A vitória de Stanford contra USC em 2007 – numa partida na qual o Cardinal era zebra por 39 pontos – parece ter sido o paradigma que mudou as coisas no oeste.
USC entrou em declínio depois de suspensões e seguidas mudanças de técnicos. Agora, contra o Cardinal, os Trojans são zebras em Las Vegas por nove pontos. “Quando dois times talentosos se juntam, há muito respeito mútuo”, comentou David Shaw, o sucessor de Harbaugh em Stanford desde que ele foi para a NFL treinar os 49ers. USC venceu em 2013 e 2014, mas foi varrida no ano passado naquela que seria a campanha vitoriosa da conferência por Stanford. As equipes se enfrentaram na Semana 3 num momento em que USC parecia despontar, como #6 do país – e no qual Stanford vinha se recuperando do baque após perder na Semana 1 contra Northwestern. O triunfo por 41-31 contra os Trojans ajudou o Cardinal a se recompor na temporada. Meses depois, USC perderia novamente na final da Conferência. “No segundo jogo eles nos venceram fisicamente, mas no primeiro, se você olhar para o vídeo, nós estavámos lhes dando tanto quanto eles podiam aguentar”, brevemente disse o safety de USC, Chris Hawkins.
O destaque da partida não poderia ser outro senão a sensação Christian McCaffrey (foto que ilustra o texto). Discutivelmente injustiçado na corrida para o Heisman no ano passado, McCaffrey busca, em audiência nacional (o jogo será transmitido na ABC nos Estados Unidos) deixar sua marca. No ano passado o running back teve 700 jardas totais nas duas partidas contra os Trojans. Na final da Conferência deu show, com 207 jardas corridas e 105 recebidas.
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Desde que Vince Young cruzou a goal line nos segundos finais do Rose Bowl de 2006, parece que USC entrou numa espiral negativa sem fim. A partida deste sábado contra os favoritos da conferência, embora seja logo no início da temporada, é a zebra que os Trojans precisam para dar uma guinada positiva. Mas parar McCaffrey parece ser mais difícil do que o feito de Stanford em 2007 com Harbaugh.
Jogo físico marca rivalidade entre Notre Dame e Michigan State
O costume era de Notre Dame enfrentar Michigan em todos os anos, mas isso mudou recentemente. A nova-velha rivalidade do Fighting Irish é contra Michigan State e assim deve ser pelos próximos anos.
Os Spartans de #12 Michigan State (1-0) terminaram entre os seis melhores do College Football nos últimos três anos e buscam mostrar que são candidatos ao College Football Playoff depois de uma vitória bem morna contra a pequenina Furman, por 28 a 13. “Acredito que temos um bom time, temos os jogadores, então vamos ver”, disse o técnico da equipe, Mike D’Antonio. O desafio contra os católicos de South Bend marca o final de um gap de dois anos entre a rivalidade – as equipes jogaram anualmente desde 1948 e não se enfrentaram em 2014 e 2015. O calendário de Notre Dame, uma das poucas universidades independentes e sem conferência do futebol americano universitário, é fluído a cada ano e as rivalidades são prioridade quando aquele é montado.
Notre Dame tem cinco vitórias e oito derrotas nos últimos três anos quando joga contra adversários ranqueados. A equipe busca, no final das contas, se recuperar do baque sofrido na primeira semana contra Texas. O Fighting Irish perdeu na prorrogação contra os Longhorns por 50 a 47 num dos melhores jogos da rodada.
Na semana passada, de volta a South Bend, Notre Dame venceu Nevada por 39-10. A expectativa do jogo deste sábado, com transmissão para o Brasil pelo Watch ESPN, é de uma partida extremamente física e pegada, tal qual uma rivalidade deve ser. “Notre Dame é um time físico, rápido, violento, mais ou menos as mesmas coisas que temos orgulho de ser”, disse à AP o linebacker Riley Bullough, de Michigan State. Ele esteve em campo na derrota para 17 a 13 para Notre Dame em 2013. “Todo mundo vem sendo físico, físico, físico”, completou do outro lado o linebacker de ND, James Onwualu.
Ole Miss quer ser zebra novamente; Chances de Oklahoma dependem de vitória
Além das partidas acima e abaixo, outros dois destaques da rodada vão para jogos sem transmissão por stream de “alta qualidade”, por assim dizer, no Brasil. Ole Miss busca se recuperar da derrota na semana 1 contra Florida State e quer repetir mais um upset contra a toda-poderosa #1 Alabama (a partida é a principal da rodada para muitos e tem transmissão da CBS nos Estados Unidos). Ainda, temos Oklahoma de Baker Mayfield contra Ohio State – caso Oklahoma perca aqui, as chances de um bowl de ano novo fica ainda menores (o jogo será transmitido pela FOX nos Estados Unidos e também não há transmissão para o Brasil fora a Corsários Networks que você encontra via Google).
Sábado, 17 de setembro, Watch ESPN
- 10h – College GameDay (pré-jogo geral da rodada)
- 13h – South Carolina State vs Clemson
- 13h – #15 Tennessee vs Ohio
- 13h – #25 Miami (Florida) vs Appalachian State
- 13h – North Dakota State vs #13 Iowa
- 13h – #2 Florida State vs #10 Louisville
- 13:30h – Vanderbilt vs Georgia Tech
- 16:30h – South Florida vs Syracuse
- 16:30h – #22 Oregon vs Nebraska
- 16:30h – Pittsburgh vs Oklahoma State
- 17h – South Carolina vs East Carolina
- 17h – Kentucky vs New Mexico State
- 19h – Old Dominion vs NC State
- 19:30h – Delaware vs Wake Forest
- 20h – #17 Texas A&M vs Aurbun
- 20h – Mississippi State vs #20 LSU
- 20:30h – Texas State vs #24 Arkansas
- 20:30h – North Texas vs #23 Florida
- 20:30h – #16 Georgia vs Missouri
- 20:30h – #12 Michigan State vs #18 Notre Dame
- 21h – USC vs #7 Stanford
- 23:15h – UCLA vs BYU
- 23:30h – #11 Texas vs Cal
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